A operação Ross, que cumpre nesta terça-feira, 11, 24 mandados de busca e apreensão na casa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e aliados, foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. A ação é um desdobramento da Patmos, deflagrada em maio de 2017, quando um pedido de prisão chegou a ser feito pela Procuradoria Geral da República ao tucano, mas negado pelo STF.
Além de Aécio, estão na mira da operação, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN) e os deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito Gama (PTB-BA). Porém, somente o parlamentar do Solidariedade é alvo de mandados. Os demais não tiveram buscas autorizadas pelo ministro.
As vantagens teriam sido solicitadas por parlamentares ao Grupo J&F, que teria efetuado o pagamento a pretexto da campanha presidencial de 2014. Os mandados se destinam a aprofundar a investigação dos supostos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Anastasia
Em documento de 40 páginas enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou não ver motivos para buscas sobre Anastasia, uma vez que "falta qualquer indício de conhecimento, por parte dele, de que tal contribuição decorresse de contrapartida corruptiva".