O secretário nacional de Cultura, Roberto Alvim, fez uma nota de esclarecimento em sua conta no Facebook acerca do discurso em que, ao som de uma ópera de Richard Wagner, cita textualmente um trecho de um discurso do ideólogo nazista Joseph Goebbels para lançar o Prêmio Nacional de Cultura.

Ele diz que a “esquerda” está fazendo uma “falácia de associação remota” entre sua fala e o ideólogo do nazismo. Omite o fato de que recebeu críticas de seu guru, Olavo de Carvalho, e de outros expoentes da ala olavista da cultura, como o cineasta Josias Teófilo, que pediu sua demissão do cargo alegando que ele estaria desequilibrado.

“Com uma coincidência retórica em uma frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o Prêmio Nacional das Artes, que vai redefinir a Cultura brasileira… É típico dessa corja”, escreve Roberto Alvim em seu post.

“Repito: foi apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica. Eu não citei ninguém. E o trecho fala de uma arte heróica e profundamente vinculada às aspirações do povo brasileiro. Não há nada de errado com a frase. Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira, e houve uma coincidência com uma frase de um discurso de Goebbles… Não o citei e jamais o faria”, afirmou.

Em seguida, ele elogia a ideia de Goebbels: “Mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional”.