O ministro da Economia, Paulo Guedes, minimizou as trocas na Esplanada dos Ministérios e o desmembramento de sua pasta para criar um espaço para o atual titular da Secretaria Geral, Onyx Lorenzoni. De acordo com ele, a mudança não muda a política econômica do governo. As declarações foram dadas após um evento no Ministério da Defesa nesta quinta-feira (22).
"Sai o Gabigol e entra o Pedro. O jogo segue e vamos ganhar o jogo", disse o ministro, comparando a situação com o Flamengo, do qual é torcedor.
Segundo Guedes, a agenda econômica vinha andando bem, mas havia dificuldades na relação com o Senado, o que obrigou a troca para a entrada de Ciro Nogueira na Casa Civil e consequentemente deslocamento de outros ministros. Ele, porém, enfatizou a relação com Onyx.
"O presidente não cedeu o coração da política econômica por pressão política para outros partidos. Não teve nada disso", disse, completando: "É natural que haja uma reacomodação de forças políticas. É natural que o presidente queira reforçar a sustentação parlamentar, particularmente no Senado. Não vai mudar a orientação da política econômica. Ela é a mesma. Quando nós elaboramos o programa econômico, o Onyx estava lá.".
Com a chegada de Ciro Nogueira para a Casa Civil, o general Luiz Eduardo Ramos será transferido para a Secretaria Geral. Com isso, Onyx Lorenzoni ficará com o Ministério do Emprego e da Previdência Social, até então ligado ao superministério da Economia.