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Saiba quem é Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro preso pela PF

Ex-ministro e ex-secretário foi preso neste sábado ao desembarcar no Brasil

Por Agências
Publicado em 14 de janeiro de 2023 | 10:18
 
 
 
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Preso neste sábado (14/1) ao desembarcar no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, é alvo de investigação por omissão durante a invasão das sedes dos três Poderes, em Brasília - ele havia assumido a secretaria do DF no dia 2 e, logo em seguida, saiu de férias. Ele não estava no Brasil no último domingo (8/1), quando bolsonaristas atacaram e depredaram os prédios do STF, Congresso e Palácio do Planalto.

Natural de Brasília, Torres tem 45 anos e possui vasta experiência em ciência policial, investigação criminal e inteligência estratégica. Foi delegado da Polícia Federal e atuou na repressão ao tráfico internacional de drogas e no combate a organizações criminosas Em 2019, implementou o "DF Mais Seguro", atual política de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal.

Formado em Direito, o ex-ministro coordenou também as principais investigações voltadas ao combate ao crime organizado na Superintendência da Polícia Federal, em Roraima, entre 2003 e 2005. Em sua trajetória, trabalhou nas investigações e operações policiais voltadas ao controle de precursores químicos desviados para a produção de drogas no Brasil e na América do Sul e atuou, entre 2007 e 2008, como responsável pela atividade de inteligência da Polícia Federal na repressão a organizações criminosas de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Em 2019, em reconhecimento à expressiva atuação na promoção e defesa dos direitos humanos no âmbito do Distrito Federal, recebeu o Prêmio de Direitos Humanos e a Medalha do Mérito Buriti, pelos relevantes trabalhos prestados à sociedade e ao Governo do Distrito Federal.

Política

Na política sua trajetória começou em 2019 quando foi convidado pelo governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) para atuar como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, cargo que ocupou até 2021, quando recebeu o convite para integrar à equipe de ministros do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Torres foi um dos ministros mais alinhados com as ideias do atual presidente chegando a participar, no ano passado, de uma live em que Bolsonaro questiona, sem provas, a legitimidade das urnas eletrônicas. Por conta disso, o ministro foi alvo do Supremo Tribunal Federal.

Com o fim do governo Bolsonaro, Torres foi convidado para reassumir a secretaria de Segurança Pública do DF. No entanto, com os atos ocorridos no último domingo (8/1), Ibaneis mandou exonerar o ex-ministro, que estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos. 

Durante o ataque, o ainda secretário se manifestou pelas redes sociais, classificando os atos de vandalismo na capital federal como “cenas lamentáveis”. 

Nesta semana, a Polícia Federal encontrou em sua casa a minuta de um decreto para instaurar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e rever o resultado da eleição presidencial. Torres teve então decretada sua prisão por suposta conivência com os atos de domingo.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasília)

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