Seguindo a mesma estratégia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), tem afirmado em recentes entrevistas no interior do Estado que a única alternativa para manter os benefícios emergenciais à população mais vulnerável é elegendo o candidato petista à presidência. 
 
Durante uma entrevista, nesta quinta-feira (11), à uma rádio em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, Kalil reforçou que o Auxílio Brasil, aprovado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), tem caráter eleitoreiro. Segundo o candidato ao governo de Minas, a população corre o risco do benefício acabar em janeiro após as eleições. Ainda de acordo com Kalil, o auxílio emergencial aprovado em Minas Gerais, no valor de R$ 600 no último ano, foi uma conquista da Assembleia Legislativa do Estado (ALMG) e não do governador Romeu Zema (Novo). 
 
Kalil criticou também o "Renda Minas" proposto pelo governo de Minas, em 2020, que destinou R$ 39 mensais durante três meses às famílias de extrema pobreza. "Isso que estão fazendo é pegar o dinheiro suado do povo e devolver um pouquinho para quem precisa. O resto fica para bilionários e o Zema faz a mesma coisa em Minas. Se não elegermos o presidente Lula, vai acabar tudo em janeiro, e esse governador (Zema) vai continuar dando R$ 30 por família por ano. Querem comprar voto", argumentou o ex-prefeito de BH que ainda relembrou a fala de Zema na época do anúncio do benefício emergencial em 2021. Na ocasião, o governador afirmou que muitas pessoas iriam acabar gastando o dinheiro de uma só vez no bar ao defender a intenção inicial do governo em parcelar o auxílio. 
 
Auxílio Brasil 
O presidente Jair Bolsonaro (PL) já afirmou em recentes entrevistas, sem explicar como, que manterá o Auxílio Brasil em 2023 se for reeleito em outubro. Em julho, o congresso aprovou uma proposta de emenda à constituição que permite aumentar o Auxilio Brasil de R$ 400 para R$ 600. Para aumentar o valor do benefício, Bolsonaro decretou estado de emergência. A manobra permite gastos acima do teto estabelecido no orçamento. Vale lembrar que em janeiro de 2023, a princípio, o valor do auxílio irá recuar novamente para R$ 400. 
 
"BH não tem buraco"
 
Em recentes entrevistas às rádios do interior, Kalil tem desafiado a população a comparar seus feitos em BH com o restante do Estado. O político tem pedido para que os eleitores conversem com os seus amigos e familiares da capital para verificar como foi sua administração em Belo Horizonte. 
 
"Liga e pergunta. Eu governei uma cidade maior que muito Estado. Em BH não se vê um buraco. Não falta merenda, professor. Em BH tem auxílio Belo Horizonte, cesta básica, tem cuidado com o povo", argumentou Kalil em recente entrevista em Ouro Preto.