A maioria dos mineiros tem hoje uma avaliação pessimista de Minas Gerais. É o que aponta pesquisa DataTempo/CP2 contratada pelo jornal O TEMPO e pela rádio Super 91,7 FM. O levantamento foi realizado para avaliar o primeiro ano da gestão do governador Romeu Zema (Novo). Apesar desta percepção sobre o Estado, os entrevistados acreditam que, pelo menos no campo econômico, a situação vai mudar em um curto prazo.
Os 2.023 ouvidos entre os dias 20 e 25 de novembro, em todas as regiões de Minas, foram questionados sobre como se sentiam em relação ao Estado hoje. Para 57,2% deles, a avaliação é negativa, com sentimentos de preocupação (30,8%); indignação (12%); tristeza (9,5%) e medo (4,9%). Já para 40,4% dos entrevistados, a percepção é positiva. A esperança no futuro é o sentimento mais citado na avaliação otimista, com 31,3%, seguida da alegria (6,6%) e do entusiasmo (2,5%). Outros 2,4% não responderam.
A visão dos mineiros pode ser explicada pela situação econômica do país e de Minas Gerais – durante a campanha eleitoral de 2018, a imagem de que o Estado estava “quebrado” foi amplamente divulgada pelos candidatos ao Palácio Tiradentes. No entanto, o mineiro tem esperança de que a economia melhore no futuro.
Quando a pergunta foi sobre a expectativa dos entrevistados a respeito da situação econômica do Estado nos próximos anos, a maioria, ou 47,6% dos ouvidos pelo levantamento, disse acreditar que a economia de Minas vai melhorar. Um percentual de 21,4% é mais pessimista e opinou que o quadro econômico vai piorar; outros 27,8% responderam que vai permanecer desse jeito.
A percepção da melhora econômica cresce com a renda do entrevistado, sendo que os mais otimistas são aqueles que ganham mais de dez salários mínimos por mês. Já os mais pessimistas são os entrevistados que ganham até dois salários mensais.
Outro questionamento foi sobre a situação financeira pessoal e de sua família em um prazo de dois anos. A resposta majoritária foi de melhora, com 58,8% das respostas. Para 27,5%, a situação vai ficar como está hoje e outros 10,4%, o quadro econômico vai piorar.