Em meios às negociações que pode consolidá-la como o nome que vai representar a terceira via nas eleições presidenciais de outubro, a pré-candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, declarou que “aceitar ser [candidata a] vice não é um demérito”, mas que ela não pode “dar um passo para trás” nesse momento da pré-campanha.
A resposta foi dada a questionamento sobre a possibilidade de uma chapa dela com o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), com um reposicionamento da emedebista para ser candidata a vice-presidente em vez de "cabeça de chapa".
“A vida inteira nós [mulheres] fomos obrigadas a andar atrás dos homens, não posso ser eu, nesse momento, como mulher, como a única mulher pré-candidata em uma grande chapa, a dar um passo para trás. Eu estarei no centro democrático, no palanque, em qualquer posição. Isso é página passada porque o centro já me escolheu”, disse.
“Agora, aceitar ser vice não é um demérito. É que não é por mim, é pelo que eu represento frente à maioria do eleitorado brasileiro. Por muito tempo, nós fomos obrigadas a andar atrás. Agora, não posso ser eu a dar um passo para trás”, acrescentou.
Tebet também frisou ter aumentado sua popularidade eleitoral antes mesmo do início da campanha oficial. "Eu era risco, virei 1% e agora sou 2%, aumentei 200% sem sequer me apresentar ao Brasil. Não vamos menosprezar a força das mulheres eleitoras que não estão satisfeitas com o Brasil que têm", destacou.
A emedebista não indicou, porém, quem irá compor a chapa dela, se confirmada, na posição de candidato a vice-presidente. De acordo com Tebet, a escolha será feita pelos partidos que irão firmar apoio eleitoral em torno da candidatura única.
Com o apoio garantido do Cidadania, ela demonstrou animação ao nome da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) quando questionada se poderia apresentar uma chapa somente de mulheres.
“Eliziane Gama é uma amiga pessoal que eu tenho. Teria ou terei o maior prazer de tê-la ao meu lado, mas essa é uma decisão do futuro e que quem tem de construir são os presidentes dos partidos com os novos partidos que virão. Nós não vamos fechar as portas para ninguém, precisamos deixar as portas abertas, porque este é um centro democrático, é uma união a favor do Brasil”, completou.
As declarações foram concedidas em entrevista coletiva em Brasília (DF), nesta quarta-feira (25). Em busca também do apoio formal do PSDB à pré-candidatura do MDB, Tebet fez elogios ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
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