Em meio à indefinição se o veto do governador Romeu Zema (Novo) à reforma administrativa será votado ou não no primeiro semestre, os blocos da Assembleia Legislativa (ALMG) estão se articulando para definir como se posicionarão. O bloco independente Liberdade e Progresso não deve fechar questão sobre o tema.
“Nosso bloco defende que os vetos sejam apreciados após o recesso. A minha tendência é de liberar os parlamentares para votarem como quiserem. Não devo fechar questão”, adiantou Cássio Soares (PSD), que lidera o bloco. De acordo com ele, há uma divisão no colegiado.
“Os que defendem a derrubada do veto argumentam a falta de coerência de Zema durante a campanha e que o jetom não é a forma adequada de remuneração. Já os que são favoráveis ao veto dizem que o Estado está incapacitado de fazer reajustes salariais e que é difícil encontrar secretários qualificados no mercado”, disse.
Atualmente, os secretários estaduais recebem R$ 8.446 líquidos.
O deputado Sávio Souza Cruz (MDB), líder do bloco independente Minas Tem História, também deve reunir o grupo hoje. “Queremos discutir a questão com o deputado Alencar da Silveira (PDT), que foi o autor da emenda que proibiu os jetons”, disse.
Além da manutenção ou não dos jetons, os deputados vão discutir sobre os percentuais mínimos de servidores concursados nas secretarias.
Durante a reforma administrativa, a ALMG aprovou que os índices seriam de 50% a 70%, dependendo das pastas. Romeu Zema vetou a proposta argumentando dificuldades em cumprir os percentuais estabelecidos.
Saldo
Três dos 12 secretários de Minas recebem jetons: Julia Sant’Anna (Educação), Custódio Mattos (Governo) e Germano Vieira (Meio Ambiente). Os acréscimos chegam a triplicar os vencimentos.