A morte do ex-governador Alberto Pinto Coelho, aos 78 anos, nesta segunda-feira (20/11), provocou uma série de manifestações de pesar de políticos da direita à esquerda. O corpo de Alberto, que foi governador entre abril e dezembro de 2014 após a renúncia de Antonio Anastasia para ser candidato ao Senado, será velado ainda nesta segunda, no Palácio da Liberdade, às 17h, em cerimônia aberta ao público.
Anastasia, por exemplo, se referiu ao ex-vice-governador como um dos “mais destacados homens públicos”. “Alberto Pinto Coelho foi um político exemplar, caracterizado por sua habilidade singular em ouvir, integrar e transformar divergências em consensos. Um político de coração enorme, singular e generoso”, disse o hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Ao desejar solidariedade aos familiares de Alberto, o governador Romeu Zema (Novo) classificou o ex-governador como “um dos mais notáveis políticos mineiros”. “Minas está de luto pelo falecimento do ex-governador Alberto Pinto Coelho (...), que chefiou os poderes Legislativo e Executivo no Estado. Uma grande perda para Minas e os mineiros”, acrescentou o governador, que decretou luto oficial por três dias.
O ex-governador e deputado federal Aécio Neves (PSDB) foi outro a lamentar a perde de Alberto, quem chamou de amigo. "Perdemos todos um mineiro exemplar, de grande capacidade e vocação política e um profundo compromisso com o nosso estado. À sua esposa Célia e aos seus filhos Paula, Alberto, Daniel e Alexandre, o sincero pesar de toda a minha família", emendou Aécio.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), Alberto é uma grande referência da "boa política" de Minas. "(Ele) Era um moicano da construção da típica política mineira, que é uma política que preserva, acima de tudo, o diálogo. Seu legado será mais que reconhecido. Deixou luz no caminho de todos nós. Vamos seguir o exemplo do Alberto e construir uma sociedade melhor", apontou Silveira.
Para o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), o Tadeuzinho, a morte de Alberto, que presidiu a ALMG entre 2007 e 2011, é uma “perda inestimável”. “Grande estadista, com mais de 30 anos de vida pública, Alberto Pinto Coelho escreveu seu nome na história da política mineira. Como governador e presidente da ALMG, foi exímio defensor da cidadania e dos valores democráticos”, lembrou Tadeuzinho.
Assim como Tadeuzinho, a 1ª vice-presidente da ALMG, Leninha (PT), ainda prestou condolências ao deputado Betinho Pinto Coelho (PV), filho de Alberto. “Com tristeza recebo a notícia da passagem do ex-presidente da ALMG e ex-governador, Alberto Pinto Coelho, homem sério e referência na política. Aos familiares e amigos, meus sentimentos. Ao meu amigo, deputado estadual e filho de Alberto, Betinho Pinto Coelho, meu abraço apertado”, disse Leninha.
O líder da oposição, Ulysses Gomes (PT), se referiu ao ex-governador como “um grande homem público, conciliador e respeitoso com todos”. “Com extrema tristeza, a notícia do falecimento do ex-governador Alberto Pinto Coelho. Com uma longa trajetória em defesa do povo mineiro, Alberto foi um grande homem público, conciliador e respeitoso com todos. Que Deus ilumine os corações dos amigos e familiares”, disse Ulysses.
Já o líder do bloco do governo Zema, Cássio Soares (PSD), afirmou que Minas perdeu um grande líder. “Alberto Pinto Coelho deixa saudades, assim como um belo legado na política mineira. Sua passagem pelo governo de Minas e pela presidência da ALMG é inspiradora. Ao amigo deputado Betinho Pinto Coelho, amigos e familiares, meus sinceros sentimentos. Que Deus console seus corações”, apontou Cássio.
O líder do bloco de sustentação a Zema, Gustavo Santana (PL), apontou o ex-governador como “exemplo de político”. “Recebo com muita tristeza a notícia do falecimento do ex-governador de Minas Alberto Pinto Coelho. Um exemplo de político, que dedicou grande parte de sua vida em prol do bem comum. Que Deus possa confortar o coração de todos”, manifestou-se Gustavo.
Segundo o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (2009-2017), Alberto foi um representante legítimo da "essência da política: o diálogo". "Cordato e equilibrado, tive a oportunidade de conviver com ele desde a minha época de empresário, quando ele era diretor da Telemig, e na presidência da ALMG, como vice-governador do Estado e, futuramente, como governador, sempre desempenhando suas funções com integridade e honradez", acrescentou Lacerda.