Estremecida

Veto de Zema a reajuste da segurança pública inviabilizará relação com a ALMG

Sargento Rodrigues (PTB), no entanto, acredita que medida deve ser sancionada pelo Executivo

Por Sávio Gabriel
Publicado em 10 de março de 2020 | 15:39
 
 
 
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Embora tenha dito que acredita na boa vontade do governador Romeu Zema (Novo) em sancionar o Projeto de Lei que faz a recomposição salarial da segurança pública, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB) alertou, numa forma de pressão, que se o chefe do Executivo voltar atrás em sua decisão, ele não terá mais nenhuma credibilidade na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

“Uma vez vetado, o governador Zema pode entregar o cargo. Ele não aprova nem moção de aplauso, que precisaria de um quórum mínimo numa comissão porque a credibilidade seria zero”, destacou.

O petebista pontuou que se a medida for vetada pelo Palácio Tiradentes haverá “reações incontroláveis” por parte da categoria. O parlamentar destacou que os agentes passaram um ano negociando com o governo e que, até o dia 17 de março, prazo regimental que Zema tem para tomar uma decisão, é preciso “acreditar na palavra do governo”.

“Se houver algo diferente disso, a indignação das pessoas, depois de absorver todo o processo de negociação, será forte”, reforçou, destacando que um possível veto pode resultar em baixas no primeiro escalão de Zema.

Questionado se haveria possibilidade de greve, o parlamentar disse apenas que haverá “insatisfação total da segurança”, comparando à greve de 1997.

“Diferente de 1997, onde tínhamos praças de um lado e oficiais de outro, a insatisfação tomará conta do soldado ao coronel, do investigador ao delegado geral de polícia, em todas as áreas”, pontuou.

Apesar de ressaltar que o secretário de Governo, Bilac Pinto (DEM), garantiu o compromisso do Palácio Tiradentes com a segurança pública, Rodrigues não se mostrou totalmente satisfeito com o resultado da audiência pública realizada na manhã dessa terça-feira (9), afirmando que o ideal era que houvesse a comunicação de uma data específica para a sanção do projeto. O parlamentar destacou que, quanto mais tempo Zema demora a tomar uma decisão, maior é o tensionamento.

“Aumentam as especulações e os palpiteiros de plantão, como João Doria (governador de São Paulo), Paulo Abi-Ackel (presidente do PSDB-MG), Rodrigo Maia (presidente da Câmara Federal)”, finalizou, numa crítica às declarações públicas feitas pelos respectivos políticos, que se posicionaram publicamente pelo veto do reajuste salarial.

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