Eleições 2022

Viana espera selar acordo por Silveira como líder de Bolsonaro semana que vem

Atual vice-líder, o senador avalia que indicação pode dar novo rumo às eleições para o governo de Minas, já que PSD de Silveira e Kalil negocia aliança com PT

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 13 de maio de 2022 | 18:34
 
 
 
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O senador Carlos Viana (PL) espera que o acordo para que o senador Alexandre Silveira (PSD) seja líder de governo de Jair Bolsonaro (PL) no Senado seja selado na próxima semana. Pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Viana foi sabatinado, nesta sexta-feira (13), pela Folha de S. Paulo/UOL. O senador, aliás, é vice-líder de Bolsonaro na Casa Maior. Questionado por O TEMPO, Silveira, por meio da assessoria, preferiu não se manifestar.

De acordo com Viana, o momento é “muito bom” para que o Palácio do Planalto tome uma “decisão definitiva” quanto ao novo líder no Senado. “Foi um período (entre a filiação ao PL e hoje) em que as negociações avançaram, até com relação à liderança, passando por novos acordos em Minas Gerais, que nós esperamos na próxima semana finalizar. Isso pode dar, inclusive, um rumo completamente novo ao pleito em Minas”, afirmou. Apesar de não ter citado Silveira, Viana confirmou à reportagem que se referia a ele.

Silveira é uma das peças do impasse para a aliança entre o PSD e o PT nas eleições para o governo de Minas. Assim como os petistas desejam apoiar a pré-candidatura de Alexandre Kalil (PSD) a fim de ter um palanque para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito de Belo Horizonte quer o apoio de Lula. A pesquisa DATATEMPO realizada entre 30 de abril e 5 de maio, por exemplo, aponta que eventual apoio do ex-presidente a Kalil aumentaria as chances de voto em 32,6%.

Entretanto, Silveira e o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) desejam a única vaga de candidato ao Senado na chapa. Enquanto o PSD enxerga a pré-candidatura à reeleição do secretário nacional e presidente estadual do partido como natural, o PT reivindica um espaço na chapa a partir de Reginaldo. Caso Silveira aceite o convite de Bolsonaro, a aliança entre PSD e PT poderia ser implodida antes mesmo de ser selada.

Antes mesmo de assumir a cadeira do ex-senador Antônio Anastasia (PSD), Silveira foi convidado para ser líder de governo no Senado. Porém, o então suplente recusou. “Como não estou investido do cargo de senador da República, não posso considerar a avaliação da proposta no momento”, justificou. Agora, o senador foi sondado para assumir a função.

A liderança de Bolsonaro no Senado está vaga desde a saída do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) em dezembro de 2021. Quando se filiou ao PL para abrir um palanque para Bolsonaro em Minas como pré-candidato ao governo, Viana foi convidado para a função. À época, o senador confirmou a O TEMPO que havia aceitado o convite. No entanto, o pré-candidato disse, nesta sexta, que ocupa a função “de maneira informal”.

Questionado, Viana argumentou que seria impossível conciliar a liderança de governo no Senado e a pré-campanha para o governo de Minas. “Tenho 853 municípios. Já visitei 450. Nas próximas quatro semanas, tenho todos os finais de semana, de quinta a domingo, visitas a micro e a macrorregiões. (...) Então, ficou um descompasso. ‘Se me chamarem para ser líder, vou ter que abrir mão de alguma coisa. Não pretendo abrir mão da pré-campanha’”, explicou.

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