O senador Carlos Viana (PL) garantiu que manterá a pré-candidatura ao governo de Minas Gerais ao menos até a convenção partidária do PL. Viana participou, nesta segunda-feira (16), na Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas (AOPMBM), de agenda com lideranças das forças de Segurança Pública. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reserva aos partidos o período entre 20 de julho e 5 de agosto para referendar as candidaturas.
O pré-candidato ao governo de Minas afirmou que está à disposição do presidente Jair Bolsonaro (PL) para “o que vier”. “Eu estou pré-candidato. Vou levar a candidatura a todos os lugares, vou participar de tudo, até que a gente, lá em julho, possa ter uma discussão mais abrangente com os números (das pesquisas eleitorais). O projeto principal é a reeleição de Bolsonaro. Se os números indicarem que a direita precisa se unir em Minas, não sou eu quem irá atrapalhar”, reforçou o senador.
A primeira rodada da pesquisa DATATEMPO deste ano, divulgada em 10 de maio, aponta o governador Romeu Zema (Novo) na dianteira para a corrida ao Palácio Tiradentes, com 43,5% de intenções de voto. Viana, por sua vez, está na terceira colocação, com 4,2% das intenções de voto. Quando o senador é apresentado como o pré-candidato de Bolsonaro, o índice sobe para 18,2%. “Já embolamos o meio de campo. Fica tudo empatado em Minas”, comentou o pré-candidato.
Viana, por outro lado, refutou que esteja abrindo mão da candidatura. “Não sou eu quem vou abrir mão de um convite do presidente da República. A decisão é dele, e, naturalmente, ele vai decidir o que é melhor para a reeleição dele. (...) Volto a dizer: não tenho apego ao poder. Eu sou senador e tenho mais quatro anos (de mandato). Estou aqui para servir”, disse o pré-candidato. Conforme ele, a pré-candidatura não passa apenas pelo próprio desejo. “Passa por uma composição.”
Até então filiado ao MDB, o senador foi convidado por Bolsonaro para migrar para o PL e ser pré-candidato ao governo de Minas às pressas em 1º de abril. Viana foi uma alternativa do presidente a Zema para garantir um palanque em Minas, já que o governador, apesar de ter apoiado a eleição de Bolsonaro em 2018, vinha se afastando do presidente da República nos últimos meses.
Durante a sabatina da Folha de S.Paulo/UOL na última sexta-feira (13), Viana admitiu que poderia abrir mão da candidatura caso Bolsonaro reavalie Zema como “o melhor caminho para unificar a direita” em Minas. “Se o meu nome for entendido como o melhor em uma conjunção de disputar com os outros dois que estão aí (Kalil e Zema), vamos disputar, mas se o presidente entender que eu posso colaborar mais apoiando ele dentro de um outro projeto, continuarei da mesma maneira”, reforçou, nesta segunda.