O governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta quarta-feira (7) que vai estudar a possibilidade de redução de impostos para as empresas mineiras.
“Se chegarmos à conclusão de que reduzir impostos vai trazer aumento de arrecadação, pode ser que sim. É o que estamos confiando, porque, quando se aumenta muito o imposto, as pessoas vão embora ou consomem em outros lugares”, afirmou.
A declaração foi dada em entrevista coletiva à imprensa, no evento Conexão Empresarial da revista “Viver Brasil”, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Nos últimos anos, de acordo com o empresário, muitas empresas saíram do Estado ou deixaram de se instalar em Minas por questões burocráticas e pela tributação aplicada pelo governo estadual. Zema disse acreditar que esse cenário pode ser revertido.
A equipe econômica do Novo está analisando alternativas que podem ser utilizadas para incentivar a atração de empresas para Minas Gerais.
“Estamos avaliando se a alta de alguns impostos não causou queda na arrecadação. Em vez de ter o aumento esperado, o que acaba acontecendo é uma queda, porque essas empresas acabam saindo do Estado. Então, isso vai ser revisto. Eu vou entrar em contato com empresários, principalmente com alguns que conheço da Zona da Mata e do Triângulo Mineiro, que levaram a operação embora. Vamos avaliar o que é possível fazer no sentido de podermos rever essa posição”, contou Zema.
Nacional
O empresário mineiro afirmou ainda que vai se reunir com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para rediscutir a dívida do Estado com a União, até 21 de novembro. O governador eleito afirmou que terá “alinhamento total” ao mandato do militar.
De acordo com Zema, a renegociação dessa dívida já está sendo tratada entre os técnicos do futuro Ministério da Fazenda e o conselheiro econômico do partido Novo, Gustavo Franco.
“Eles estão entrando em detalhes sobre o que Minas teria que fazer para ter a dívida renegociada. E lembrando que é essencial essa renegociação, porque hoje a dívida está em cerca de R$ 90 bilhões, e o serviço dela, o pagamento de juros, onera muito o Estado.
Uma repatriação desses juros, desse valor da dívida e do prazo acabam viabilizando as finanças do Estado que, hoje, na situação em que estamos, está completamente inviável”, disse.
Durante o evento, Zema disse estar sendo “ boi de piranha” e afirmou que vai “enfrentar a onça”. O governador eleito destacou que inaugurou o caminho para que outros empresários como ele se aventurem no setor público.
“Quero provar que nossa cabeça de empresário funciona melhor no setor público do que cabeça de político”, afirmou.