Zema diz que país precisa das reformas propostas pelo governo federal

Com um discurso breve e alinhado ao governo federal, o governador Romeu Zema (Novo) defendeu, em encontro com lideranças empresariais na tarde desta terça-feira (10), que o país implemente as reformas que estão sendo discutidas entre o governo federal e o Congresso Nacional.

“Tivemos em 1994 o fim da inflação com o Plano Real que realmente foi um marco. Há três anos tivemos uma reforma trabalhista e no ano passado a reforma previdenciária. Mas o restante ficou estático, para não dizer que algumas coisas até pioraram nesse período. Muito (do que aconteceu) foi devido ao sistema político que nós temos no Brasil e que precisamos mudar”, disse ao defender a ideia de que o país teve um crescimento econômico lento e tímido entre 2010 e 2020. O pronunciamento foi durante o Encontro Anual do Conselho Curador da Fundação Dom Cabral, em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.

“Pelo menos hoje temos um governo  bem-intencionado que quer as reformas, apesar das dificuldades que vem enfrentando. Fica claro que sem elas nós não vamos conseguir atingir os nossos objetivos”, argumentou, se referindo às reformas propostas pelo governo federal. 

O governador finalizou o discurso convidando os empresários presentes para se “arriscarem” no setor público. Ele disse que reconhece o trabalho feito por organizações como a Associação comercial e a Fiemg. “Mas se nós não fizermos esse trabalho, estarão fazendo aqueles que pensam o oposto de nós e que nós já sabemos do estrago que fizeram de 2002 até 2016. Aqueles que falaram que a economia estava crescendo mas nós sabíamos que eles estavam dando anabolizantes para a economia. Uma economia que cresceu de maneira totalmente disfuncional e que nós ainda estamos pagando o preço”, disse se referindo à era petista no governo federal.

O discurso, alinhado ao Planalto, foi o primeiro depois que Zema se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro, na última semana, em Brasília. Até então, a relação entre os dois políticos estava abalada desde que o mineiro assinou uma carta, junto de outros 19 governadores, que criticaram, entre outros pontos, a fala de Bolsonaro sobre a exoneração da taxa sobre os combustíveis.

Apesar do discurso feito, Romeu Zema não quis atender aos jornalistas após sua participação no evento desta terça.