Se depender de alguns deputados federais, os governadores precisarão se desgastar para aprovar, cada um, uma reforma da previdência própria em seus Estados. Anteontem, em uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, os parlamentares deixaram bem claro que essa mudança pode ocorrer.
O encontro tratava justamente sobre o projeto que tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, prevista para ser votada na próxima terça-feira. Alguns dos parlamentares presentes se mostraram favoráveis à aprovação da reforma em termos do funcionalismo público da esfera federal, mas deixando de fora os servidores estaduais.
A ideia de retirar o funcionalismo dos Estados do texto é exatamente provocar um desgaste aos mandatários. “Tem muita gente que não tem interesse em ver o governador do seu Estado fazer uma administração sem esse tipo de trauma com a opinião pública e com as assembleias”, contou um deputado presente na reunião com Guedes.
Em Minas, aliás, a aprovação da reforma da Previdência é vista pelo governo estadual como essencial para equilibrar as contas. O déficit previdenciário do Estado ultrapassou, em 2017, a marca de R$ 16 bilhões – o que representa um crescimento real de mais de 100% em apenas seis anos. Se depender de um governo que tem contado com apenas três votos na ALMG para passar um texto assim, vai ser complicado.
Estados podem ter que aprovar reforma da Previdência própria
Deputados querem retirar servidores estaduais de texto que tramita na CCJ
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