O calçadão São José ganhou uma funcionária para varrer a rua constantemente. A Associação de Desenvolvimento de Ubá e Região (Adubar) comprou dois celulares que ficam com a polícia, para agilizar o contato direto em caso de assaltos. Os comerciantes também fazem parte de uma rede de lojistas protegidos. Quando um vê qualquer atitude suspeita na loja ao lado, aciona a PM. “Com essas ações, já reduzimos em 45% o índice de criminalidade”, afirma o tenente Rodrigo Paro. O kit com uma campainha e uma placa de identificação da rede de comerciantes protegidos sai em torno de R$ 60.
Segundo o vice-presidente da Câmara de Dirigentes lojistas (CDL-BH), Marco Antônio Gaspar, com investimentos simples, o retorno vem a médio e longo prazo. “O retorno não é imediato, mas vem porque o ambiente seguro e limpo é mais gostoso e atrai o cliente”, compara.
Gaspar lembra que essa era a ideia para transformar em shopping a rua Antônio de Albuquerque, na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte, mas não deu certo. “Tem que ter paciência. Na Oscar Freire, em São Paulo, por exemplo, é tudo tão organizado que tem até serviço de manobrista para encontrar vaga para os clientes”, conta.
Gaspar lembra ainda que, nos Estados Unidos, o modelo é comum e bem sucedido. “Em Nova Iorque tem distritos comerciais chamados BID (Business Improvement Districts). A prefeitura até arrecada uma taxa semelhante ao IPTU, e repassa direto para associação que faz a gestão.”