A Câmara Municipal de Belo Horizonte encerrou a semana com a votação de apenas quatro vetos. Nesta sexta, mais uma reunião caiu por falta de quórum. O presidente da Casa Léo Burguês (PTdoB) acusa a oposição de travar os trabalhos e garante que irá ter pulso firme se na próxima semana o ritmo for o mesmo.
Apesar de a eleição ter terminado há duas semanas, os parlamentares de Belo Horizonte seguem trabalhando na mesma toada do período da campanha. Isso significa sessões vazias e quase nenhuma discussão sobre proposições.
A paradeira não é por falta de demanda. Na ordem do dia, nesta sexta, tinha 13 vetos do prefeito Marcio Lacerda (PSB), 58 projetos de lei e 27 requerimentos. Mas os trabalhos só podem caminhar se todos os vetos forem todos apreciados, já que travam os trabalhos.
Para solucionar o problema, Léo Burguês convocou uma reunião, nesta sexta, com os vereadores. Ele pediu para que o PT chegasse a um acordo e parasse de obstruir as sessões, o que ainda não surtiu efeito.
“Temos muitos projetos importantes na Casa. Não podemos continuar com essa oposição por oposição. A cidade fica prejudicada. Mas se as coisas não caminharem, eu vou pra cima e vou forçar as reuniões”, disse Burguês.
O opositor Pedro Patrus (PT) alega que a Casa não está andando porque a base de governo não quer, já que é maioria. “Não sei o que está acontecendo com a base. Eles têm ampla maioria. Eles não estão mobilizados”.