A Justiça negou, na segunda-feira (12), a absolvição sumária de Fabiana Coelho, ex-amante do goleiro Everson, do Atlético, e a primeira audiência do caso foi marcada para agosto de 2024, conforme informou a O Tempo Sports o advogado de Fabiana, afirmou que será realizado uma análise detalhada dos eventos para garantir que ambas as partes tenham a oportunidade de se expressar.
A defesa da fotógrafa informou que, até a data da audiência, terá acumulado um conjunto de provas “mais robusto”, o que permitirá contestar eficazmente os aspectos levantados no caso.
“O recebimento da denúncia é um procedimento basicamente formal. É essencial a condução de uma fase de instrução processual, permitindo uma análise detalhada dos eventos e garantindo que ambas as partes tenham a oportunidade de se expressar”, informou o advogado.
A absolvição sumária ocorre quando o juiz decide, antecipadamente, encerrar o processo por concluir que não há elementos suficientes para levar o caso a julgamento. Segundo o advogado, “a defesa não esperava nenhuma resposta diferente” com relação a essa etapa do processo.
O processo corre na 2ª Vara Cível da Comarca de Lagoa Santa. O próximo passo da defesa é reunir provas pertinentes e convincentes para contestar a denúncia. “Nosso objetivo é preparar o processo de forma abrangente, visando realizar uma audiência eficaz e bem fundamentada”, finalizou Vartuli.
Relembre
A Polícia Civil concluiu o inquérito com indiciamento de Fabiana. Durante a investigação, a instituição afirmou haver um print que mostra a fotógrafa exigindo dinheiro de Everson para que não tornasse público o relacionamento extraconjugal do atleta com ela.
O suposto valor de R$ 500 mil, que teria sido pedido por Fabiana, não foi confirmado pela polícia. Um dia antes de essa informação ser divulgada pela polícia, a suspeita havia negado, em entrevista coletiva, que extorquiu o goleiro. “Nunca ameacei o Everson, nunca pedi dinheiro para o Everson e nunca postei nada do Everson”, rechaçou a fotógrafa.
À época do indiciamento, a delegada Fabíola Oliveira explicou que “o crime de perseguição tem pena de reclusão de seis meses a dois anos e multa, e o de extorsão, de quatro a dez anos e multa”.
O indiciamento foi recebido com “surpresa e consternação” pela defesa de Fabiana. O advogado afirmou que não havia “evidências robustas” contra sua cliente e disse ter observado “certa inclinação da investigação em favor do jogador de futebol”.
Ele disse, ainda, que, desde que o caso veio à tona, Fabiana foi “injustamente julgada por sua aparência, sendo alvo de ridicularização e descrédito”, o que “reflete uma sociedade machista e preconceituosa”.
O caso
Everson mantinha um relacionamento extraconjugal com Fabiana por quase dois anos, porém, a amante pediu para que o goleiro do Atlético terminasse com a esposa e a assumisse. O arqueiro negou a solicitação, e a mulher teria solicitado a quantia de R$ 500 mil para que não divulgasse a traição do jogador.
Para evitar maiores complicações, o próprio Everson contou para a esposa sobre a relação que mantinha com Fabiana e foi à delegacia para denunciar a amante pelo crime de extorsão.