Clássico: com mexidas de Mancini, América bate o Cruzeiro em Brasília

Com ação decisiva do técnico Vágner Mancini, o América venceu o Cruzeiro por 1 a 0 neste sábado (4), no estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro. Henrique Almeida, que havia começado no banco de reservas, fez o gol do triunfo aliverde. 

Com o resultado, o América segue com 100% de aproveitamento no Campeonato Mineiro, com três vitórias em três jogos.

Já o Cruzeiro conheceu a sua primeira derrota e soma apenas quatro pontos. Nas primeiras rodadas, havia vencido o Patrocinense e empatado com o Athletic, situação que deve ter deixado preocupado Ronaldo Fenômeno, gestor da Raposa, que assistiu a partida de um dos camarotes do Mané Garrincha.

Sob o comando de Pezzolano, o Cruzeiro ainda não venceu nenhum clássico - haviam perdido para o próprio América e duas vezes para o Atlético no ano passado. O time celeste também ainda não venceu nenhuma equipe da Série A do Brasileiro.

No duelo deste sábado, o América tentou pressionar no início da partida, fazendo marcação alta no campo de ataque, mas, aos poucos, o Cruzeiro foi conseguindo se encontrar em campo.

O time celeste passou a chegar mais, mas errava no último lançamento para seus atacantes. Bruno Rodrigues, que começou mais centralizado, era o mais acionado, mas Wesley e Nikão também apareciam bem.

O jogo começou muito truncado, com várias faltas. O Cruzeiro até chegou a balançar as redes com Bruno Rodrigues. Após receber belo lançamento de Nikão, driblar Cavichiolli e cortar Maidana, ele bateu para o fundo do gol, mas arbitragem assinalou impedimento, confirmado pelo VAR.

Em menos de 20 minutos, as equipes já haviam feito 11 faltas. E os amarelos começaram a aparecer. O primeiro foi para Alê, que puxou Bruno Rodrigues para evitar um contra-ataque. Wesley e Aloísio, que bateram boca após a falta, também foram advertidos com o cartão.

O Cruzeiro seguia com mais posse de bola, mas não conseguia transformar esse domínio em chances claras de gol. Do lado do Coelho, 

Vacilo e boa chance

Aos 31 minutos, os ânimos se exaltaram depois de uma chegada mais dura de Oliveira em Benitez. Jogadores cobrando a marcação da falta e até um amarelo.

No minuto seguinte, o América teve sua principal chance, propiciada por um grave erro celeste. Gabriel Cabral tenta sair jogando, erra, Aloísio pega a bola e, da entrada da área, bate de direita  a bola passa raspando, à esquerda.

O ritmo da partida caiu um pouco. E as melhores chances foram do América, novamente no ritmo de Benítez.

Aos 45 minutos, após falta de Neto Moura em Juninho, o América tentou uma jogada ensaiada: a bola foi rolada para Nino Paraíba, que cruzou na cabeça de Ricardo Silva, quase na pequena área, mas o defensor do Coelho cabeceou fraco. De toda forma, já havia impedimento.

Mudança gigante

Apesar da produção ruim no primeiro tempo, as equipes voltaram com as mesmas formações para a segunda etapa do jogo.

Primeira boa jogada foi do Cruzeiro, com Nikão pela direita. Ele cruzou para Bruno Rodrigues, mas Maidana se antecipou e afastou o perigo. Aos 8 minutos, outra  grande chance com Wesley. Ele cortou a zaga, bateu de curva, mas para fora.

O América poderia ter aberto o placar aos 9 minutos. Em contra-ataque, Mateus Gonçalves recebeu praticamente sozinho, invadiu a área, mas acabou se atrapalhando, permitindo a chegada de Reynaldo, que mandou a bola para escanteio. 

Foi a gota d´água para o técnico Vágner Mancini. De uma só vez, o técnido do Coelho trocou todo o ataque: entraram Henrique Almeida, Matheusinho e Dadá Belmonte nos lugares de Aloísio, Felipe Azevedo e Mateus Gonçalves. E as mudanças acabaram dando resultado.

De imediato, quase que Henrique Almeida deixou sua marca. Do lado esquerdo, ele bateu de canhota, cruzado e a bola passou rente à trave.

O Cruzeiro sentiu o América crescer de produção. E tentava responder. Aos 15 minutos, em jogada pela esquerda, Wesley recebeu a bola, cortou a zaga e bateu firme, rasteiro, mas Cavichioli fez grande defesa.

Com uma base mais montada desde o ano passado, o América seguiu tentando impondo seu ritmo. E o Cruzeiro acabou se desestruturando à medida que Pezzolano foi tentando mudar a equipe. As entradas de Ramiro e Gilberto nas vagas de Gasolina e Wesley praticamente não surtiram efeito.

Com mais presença no campo do ataque, o América chegou ao gol aos 32 minutos. Em jogada pela esquerda, Henrique Almeida pegou a sobra, tirou Oliveira pra dançar, deixando o zagueiro celeste caído, e bateu cruzado para marcar o gol do Coelho.

Atrás no placar, o Cruzeiro tentou partir com tudo pra cima do América. Só que deixava espaços para o contra-ataque do Coelho. Em um deles, até saiu o segundo gol do Coelho, novamente com Henrique Almeida, aos 44 minutos. Entretanto, acionado pelo VAR, a arbitragem anulou o lance, já que houve uma falta na origem do lance.

FICHA TÉCNICA

AMÉRICA 1 x 0 CRUZEIRO

América
Cavichioli; Nino Paraíba, Ricardo Silva, Maidana (Danilo Avelar) e Nicolas; Alê, Juninho e Benítez (Martinez), Mateus Gonçalves (Matheusinho), Felipe Azevedo (Dadá Belmonte) e Aloísio (Henrique Almeida).
Técnico: Vágner Mancini

Cruzeiro
Rafael Cabral; William, Lucas Oliveira, Reynaldo e Marquinhos Cipriano (Rafael Bilu); Neto Moura (Igor Formiga), Ian Lucas e Wesley Gasolina (Ramiro); Nikão (Daniel Junior), Bruno Rodrigues e Wesley (Gilberto)
Técnico: Paulo Pezzolano

Local: Estádio Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: André Luiz Skettino (MG)
Assistentes: Magno Arantes Lira (MG) e Fernanda Nandrea Gomes (MG)
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Gol: Henrique Almeida, 32 do 2º
Cartões amarelos: Nino Paraíba, Aloísio, Alê, Ricardo Silva e Dadá Belmonte (A); Wesley e Reynaldo (C)
Público: Não divulgado