Uma semana e três dias. Foi esse o tempo necessário para Fortaleza e Bahia mudarem todo o contexto do confronto, que vai se repetir às 16h deste sábado (horário de Brasília), no Castelão, pela 15ª rodada da Série A, depois das duas equipes decidirem as quartas de final da Copa do Nordeste no último dia 9 de julho. De lá para cá, teve troca de treinador, piora da crise e até aumento de invencibilidade.

De início, é importante destacar que as duas equipes estão em situações completamente diferentes no Brasileirão. Enquanto o Leão do Pici é o penúltimo colocado, com 10 pontos, o Bahia é o quarto, com 24, briga para se manter no G-4 e sonha com a liderança.

Demissão de Vojvoda e chegada de Paiva

Renato Paiva é o novo treinador do Fortaleza (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC)
Renato Paiva é o novo treinador do Fortaleza (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC)

A partida entre Bahia e Fortaleza no dia 9 de julho, pelas quartas da Copa do Nordeste, na Arena Fonte Nova, terminou em 2 a 1 para o Tricolor baiano, que garantiu vaga nas semifinais e aumentou o jejum de vitórias do time cearense, que atualmente é de nove jogos, com direito a seis derrotas seguidas.

Esse resultado também ajudou a desgastar o trabalho de Vojvoda, que já estava em apuros e terminou definitivamente no último domingo, quando o Leão do Pici perdeu o clássico para o Ceará no Brasileirão. Depois de uma despedida calorosa dos torcedores, o argentino deu lugar ao português Renato Paiva, que vai reencontrar o Bahia no seu primeiro jogo à frente do novo clube.

Vale lembrar que Paiva treinou o Bahia de janeiro a setembro de 2023, primeiro ano do Esquadrão sob a gestão do Grupo City, foi campeão baiano, mas deixou o time em situação delicada na luta contra o rebaixamento e já dividia a opinião da torcida.

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Sequência negativa do Fortaleza

Partida entre Fortaleza e Ceará, pelo Brasileirão (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC)
Partida entre Fortaleza e Ceará, pelo Brasileirão (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC)

Como já citado acima, depois daquele jogo entre Bahia e Fortaleza na Copa do Nordeste, o Tricolor cearense chegou a oito partidas seguidas sem vencer, mas essa sequência aumentou com a derrota por 1 a 0 para o Ceará no último domingo.

Agora, o Leão do Pici precisa dar a volta por cima para encerrar essa fase, que é ainda pior por conta das seis derrotas consecutivas que a equipe já soma. O último resultado positivo foi um 5 a 0 contra o Juventude, pela 8ª rodada do Brasileirão, no dia 10 de maio.

Sequência positiva do Bahia

Juba comemora gol pelo Bahia (Foto: Jhony Pinho/AGIF)
Juba comemora gol pelo Bahia (Foto: Jhony Pinho/AGIF)

Enquanto o Fortaleza passa por um jejum de vitórias, o Bahia não sabe o que perder há cinco jogos, com direito a quatro triunfos seguidos e o empate da última terça contra o América de Cali, com time misto. A última derrota do time de Rogério Ceni foi no dia 4 de junho, por 2 a 0, em partida atrasada da Copa do Nordeste contra o Confiança. A comissão técnica poupou os atletas titulares e escalou uma equipe repleta de garotos da base. Nem o próprio Ceni viajou na ocasião.

Sequência positiva do Bahia:

  • Bahia 3 x 1 Náutico - 7ª rodada da Copa do Nordeste;
  • Red Bull Bragantino 0 x 3 Bahia - 12ª rodada do Brasileirão;
  • Bahia 2 x 1 Fortaleza - quarta da Copa do Nordeste;
  • Bahia 2 x 1 Atlético-MG - 13ª rodada do Brasileirão;
  • Bahia 0 x 0 América de Cali - playoffs Sul-Americana.

Rogério Ceni é fio condutor da história de Bahia e Fortaleza

Rogério Ceni é ídolo como treinador no Fortaleza e no Bahia (Foto: Gilson Lobo/AGIF)
Rogério Ceni é ídolo como treinador no Fortaleza e no Bahia (Foto: Gilson Lobo/AGIF)

Este tópico não é exatamente sobre mudanças em uma semana, mas serve para destacar que, entra técnico e sai técnico, Rogério Ceni continua como uma figura importante para Bahia e Fortaleza. Afinal, a ascensão do Leão começou com ele em 2018, quando foi campeão da Série B. O treinador seguiu no comando até 2020, ainda levou o time à Sul-Americana e foi bicampeão cearense. Foi com essas marcas quebradas que Vojvoda aproveitou o "bonde" e deu ainda mais vida ao projeto do Fortaleza nos últimos quatro anos.

Atualmente no Bahia, Ceni também quebrou barreiras importantes em Salvador e, depois de herdar o trabalho de Renato Paiva e livrar o time da queda em 2023, o Esquadrão se classificou para a Libertadores no ano passado, depois de 36 anos. Mesmo com a queda na fase de grupos, o Tricolor baiano está bem encaminhado nas quatro competições que disputa neste ano e tem boas chances de ir longe. O trabalho é tão convincente que o Bahia renovou com Ceni até 2027.

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É neste contexto de fortes mudanças e esperanças para ambos os lados que Bahia e Fortaleza se enfrentam neste sábado, no Castelão.