O Bahia pisou no gramado do Castelão, na tarde do último sábado, como favorito a conquistar os três pontos na 15ª rodada do Brasileirão diante de um Fortaleza severamente golpeado por seis derrotas seguidas, que resultaram na demissão de Vojvoda, maior técnico da história do clube. Se para o Tricolor baiano era difícil saber o que o esperava do outro lado, depois que a bola rolou ficou claro que o time do estreante Renato Paiva queria quebrar o longo jejum e propôs um jogo equilibrado que terminou em 1 a 1, com direito a bolas na trave e gols anulados.
O Bahia começou o primeiro tempo encurralado pelo Fortaleza, que partiu para cima logo nos minutos iniciais. Mas os comandados de Rogério Ceni conseguiram se recompor no jogo e equilibraram ao longo do primeiros 45 minutos. Ainda assim, as principais chances foram do Leão do Pici.
A defesa do time baiano parecia desligada em alguns momentos, e a equipe do estreante Renato Paiva se aproveitou das brechas, principalmente pelo lado direito do Bahia, setor de Gilberto, para oferecer perigo com as descidas de Breno Lopes, que não encontrava dificuldades para entrar na área. Mas foi em jogada de bola parada que o Fortaleza chegou ao gol. Depois de rebatida de Marcos Felipe em cobrança de escanteio, Marinho estava livre na sobra e acertou um chute de rara felicidade, da entrada da área, para abrir o placar no Castelão.
O Tricolor baiano usava muito a velocidade de Ademir pela direita para conseguir destravar as jogadas ofensivas. Entretanto, as duas melhores chance do time caíram nos pés de Lucho Rodríguez, que confirmou a má fase ao errar a finalização nas duas chances claras do Bahia até então. Já na reta final, Breno Lopes avançou no espaço deixado pelo Bahia no lado direito e acertou a trave pouco antes do intervalo.

Reação do Bahia em jogo cheio de alternativas
Rogério Ceni promoveu uma mudança antes do início da segunda etapa com a entrada de Cauly na vaga de Lucho Rodríguez, o que deu mais dinamismo ao ataque. O Bahia, então, ensaiou uma melhora, criou boa chance com Luciano Juba e marcou dois gols anulados: um com Ademir, aos cinco minutos, por impedimento, e outro com Everton Ribeiro aos 15, por falta de Ramos Mingo em Marinho no começo da jogada.
As principais jogadas do Bahia continuaram saindo do lado direito com Ademir, uma delas terminou em finalização muito perigosa de Cauly aos 25 minutos. Cinco minutos depois, Ceni promoveu as entradas de Kayky, Michel Araújo e Nestor, nas vagas de Jean Lucas, Erick Pulga e Caio Alexandre, respectivamente. E foi justamente dos pés de Rodrigo Nestor que saiu o gol do Tricolor baiano. O camisa 11 pegou rebote da própria falta que cobrou e contou com desvio para vencer o goleiro Magrão e empatar a partida. Wilton Pereira Sampaio chegou a revisar o lance depois de marcar impedimento de David Duarte, mas viu que, na verdade, o desvio foi de Matheus Pereira, meia do Fortaleza, e validou o gol.

No final o Bahia confirmou a tarde ruim da defesa e foi pressionado até o último minuto, com direito a gol de mão de Bareiro, do Fortaleza, anulado imediatamente pela arbitragem. Mas ficou por isso mesmo. O placar de 1 a 1 aumenta a invencibilidade do Esquadrão para seis jogos, enquanto o Leão do Pici ssgue em apuros e chega a 10 partidas sem saber o que é vencer.