A Fifa comunicou nesta sexta-feira (10) que concluiu o processo disciplinar contra a Federação Equatoriana de Futebol impetrado pela Federação Chilena, que questionava a escalação do lateral-direito Byron Castillo em oito jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. O Chile queria a exclusão do Equador do Mundial, mas a entidade optou por fechar o processo. 

O principal questionamento dos chilenos se concentrava na cidade de nascimento de Castillo. De acordo com a Federação de Futebol do Chile, o jogador é de Tumaco, na Colômbia. Já os equatorianos apontaram que o lateral-direito nasceu em General Villamil, no Equador. 

Em comunicado, a Fifa informou que as partes têm dez dias para solicitar uma decisão fundamentada, que, se solicitada, seria posteriormente publicada pela entidade. A presente decisão continua sujeita a recurso perante o Comitê de Apelação da FIFA.

A Federação de Futebol do Chile conta no processo com a presença do advogado brasileiro Eduardo Carlezzo. Os chilenos garantiram há alguns dias que possuíam provas suficientes de que Castillo era colombiano. Caso a Fifa desse parecer favorável à causa do Chile, o Equador seria eliminado da Copa do Mundo e La Roja estaria classificada, uma vez que ganhariam seis pontos e chegariam à quarta posição na tabela. 

Apesar dos argumentos de Eduardo Carlezzo, houve uma razão convincente a favor da Federação Equatoriana de Futebol que fez pender a balança em Zurique: a resolução dos tribunais equatorianos. O Supremo Tribunal do Equador, bem como o Registro Civil, deram a nacionalidade do lateral-direito em 2021, antes da nomeação da comissão técnica de Gustavo Alfaro. Ficou difícil para a Fifa ir contra o estado equatoriano e sua legislação.

O Equador está no grupo A da Copa do Mundo ao lado do anfitrião Catar, Holanda e Senegal.