No final do ano, em dezembro, o Sada Cruzeiro parte para sua décima participação no Mundial de clubes, o maior torneio do planeta. Depois de desistência da China, que já tinha garantido seu posto de anfitriã na edição de 2022, o time celeste não nega que pode receber novamente a competição.
Até aqui, o Cruzeiro foi organizador do evento em seis oportunidades, mostrando aos responsáveis da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) a capacidade para fazer o torneio com diferentes formatos, como com seis e oito times.
Todos os quatro títulos que o Cruzeiro têm do Mundial vieram dentro de casa, um fator a mais para a diretoria manifestar seu interesse em receber o evento, contando com apoio da sua torcida, que sempre empurra o time e faz a diferença do lado de fora da quadra.
A China abriu mão de ser sede do Mundial de 2022 por causa das restrições do coronavírus no país. Os asiáticos, inclusive, já tinham efetuado pagamento junto à FIVB para sediar os torneios de 2022 e 2023, com estas garantias permanecendo para novas oportunidades no futuro, assim que toda a situação de saúde se normalizar.
Na edição de 2021, o Sada Cruzeiro deu novas provas de sua competência junto à FIVB, que pediu mudanças que foram bem realizadas pela organização e aceita pelo público e dirigentes. Uma delas foi a localização dos bancos de reservas logo atrás do árbitro principal, além de uma espécie de 'lugar cativo' para alguns torcedores, bem na beira da quadra.
"Tudo que fizemos aqui deu certo, a torcida foi respeitosa e fomos pioneiros nessa questão de fazer do Mundial um evento de entretenimento. Colocamos o Mundial em um novo patamar, por aqui algumas situações apareceram pela primeira vez na história do evento. Acho que existia um receio da parte deles, mas acabamos surpreendendo. Todas as novidades pediram foram implantadas. A FIVB tem, no Sada Cruzeiro, uma segurança, por saber que temos capacidade e todas as condições de sediar novamente o torneio. Caso eles nos procurem, vamos conversar. Lembrando sempre que a palavra final é do nosso fundador Vittorio Medioli", lembra Flávio Pereira, diretor esportivo do time.
A diretoria azul também mostrou sua expertise ao organizar o jogo 1 da final da última Superliga, vencido pelos celestes pela sétima vez, em menos de uma semana.
"Não temos problema algum em sediar um novo Mundial, temos ginásio com condições e capacidade aprovadas e uma torcida que comparece e faz sua festa. Vamos ter o maior prazer em conversar se formos procurados. Mas, até agora, são apenas especulações", reforça o dirigente. A opção do clube seria o ginásio Divino Braga, em Betim, que recebeu cinco das seis edições em solo mineiro. A outra foi no Mineirinho.
Mundial com seis times
O formato do Mundial já está definido com seis times. Além do Sada Cruzeiro e do Minas Tênis Clube, campeão e vice do Sul-Americano, vão participar o Zaksa (POL) e Trentino (ITA), que fizeram a final da última Champions. O quinto participante é o Paykan Tehran, do Irã, atual campeão asiático. Times da Norceca (América do Norte e Central) e da África não participam do torneio já há alguns anos.
A sexta vaga estava destinada para um time anfitrião. Se o Cruzeiro organizar o torneio, uma nova vaga se abre, com A FIVB ainda em processo de definição sobre a forma como este time será escolhido.
No feminino, ainda sem sede definida, Gerdau Minas e Dentil Praia Clube estão garantidos, ao lado de Vakifbank (TUR), Conegliano (ITA) e Kuanysh (KAZ).