Criado há três anos, a partir do Honda Fit, que é o produto de maior sucesso da marca japonesa no Brasil, o crossover WR-V passou, na linha 2021, por uma sutil modificação estética, na dianteira e traseira e ganhou novos equipamentos, a proposta é que ele descole do monovolume que lhe deu origem e tenha vida própria.
Aliás, parece que isso já está em curso, segundo a Honda o WR-V responde, com suas vendas, por 22% de participação no segmento dos SUVs da marca japonesa. Pode-se dizer que ele esta no meio do caminho entre os dois modelos da marca, o Fit e o HR-V.
O motor é o mesmo do monovolume 1.5 16V flex, de 116 cv de potência a 6.000 rpm, e 15,3 kgfm de torque a 4.800 rpm. O câmbio é sempre o automático do tipo CVT.
Imagem e semelhança
O compacto aventureiro japonês traz em suas linhas traços marcantes dos modelos da marca, mas não se pode negar a semelhança com o Fit, que, claro, compartilha a maior parte de seus componentes.
Para a linha 2021, a grade dianteira foi modificada, com desenho horizontal e área cromada afilada, os faróis, tanto o principal quanto o de neblina, ganharam led, o mesmo aconteceu com a lanterna traseira, que passa a contar com mais uma lâmpada para alerta de frenagem de emergência.
O para-choque traseiro ficou 6,7 cm mais comprido e a barra localizada no fim da tampa do porta-malas, que era cromada, passa a se pintada na cor do carro.
Versões e preços
No interior a versão topo da gama, a ELX, ganha acabamento diferenciado e os bancos, nesta opção, são forrados em couro. O WR-V passa a contar com as borboletas, atrás da coluna de direção, para as trocas de marchas e os controles de estabilidade e tração, assim como a parada de rampa, também fazem parte do pacote.
Basicamente são estas as alterações. São três as versões, a LX (R$ 83.400), a EX (R$90.300) e EXL (94.700). Uma curiosidade, quando lançado, em 2017, o preço, sugeris, do modelo mais caro era, exatamente, o mesmo que se pede hoje pela versão LX, de entrada na linha WRV.
Test drive
Dentro da proposta que este “novo normal” está impondo ao mundo, a apresentação da linha 2021 do Honda WR-V foi virtual, contudo a fabricante enviou uma unidade do modelo para que alguns jornalistas tivessem a experiência de guiar o modelo.
Como ele utiliza do mesmo conjunto mecânico do Fit, potencia e transmissão são os mesmos, mas a condução é diferenciada. Isso porque os engenheiros da Honda mexeram mais onde não se pode ver. Os subchassis dianteiro e traseiro foram remodelados, e são mais robustos.
Entre-eixos maior que o HR-V
O WR-V ficou 1 cm mais comprido, e o crossover agora mede 4 m. Na largura, o acréscimo foi de 3,9 cm, indo para 1,73 m. Na altura do solo, em relação ao Fit, o hatch aventureiro está 6,2 cm mais alto e o entre-eixos aumentou 2,5 cm (para 2,55 m), superando ate mesmo o do HR-V.
Os ângulos de ataque e saída são 21º e 33º, respectivamente. O WR-V é um carro para quem quer ter a sensação de dirigir um veículo mais alto e robusto, tem aparência de SUV e preço que pode comprar no bolso dos que não podem comprar o HR-V.
Lista de equipamentos
O mais caro deles, o ELX, sai da fábrica com faróis e Lanternas traseiras em LED, sistema multimídia com tela de 7 polegadas e interface para smartphones e GPS, sensores de estacionamento frontais e traseiros, retrovisor interno fotocrômico (antiofuscamento), seis airbags (frontais, laterais e de cortina) e bancos em couro.
Na opção intermediária, a EX, o WR-V traz de série, faróis e lanternas traseiras em LED, a mesma central multimídia, mais sensores de estacionamento frontais e traseiros, além de retrovisor interno fotocrômico (antiofuscamento) e dos air-bags, frontais, laterais e de cortina.
De série
A entrada na linha, o modelo LX, conta com sistemas VSA, HSA, ESS e TPMS, luzes de rodagem diurna (DRL) em LED, câmera de marcha a ré multivisão, a transmissão automática CVT e a direção elétrica progressiva, são comuns em todas as versões de acabamento.
Um grande diferencial que o aventureiro dispõe, nasceu com o monovolume Fit, que é o sistema de configuração modular dos bancos, em condições normais, sem rebatimentos, comporta até 393 L.
A dúvida que paira no ar é que o preço ficou salgado e com o valor sugeris pelo modelo topo da gama, quase R$ 95 mil, é possível encontrar no mercado de seminovos um SUV raiz, com poucos km rodados e ainda na garantia.
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