Ascensão
Futebol feminino tem ano muito importante para a modalidade
Clubes mineiros avançaram no quesito profissionalismo e futuro do esporte promete
O ano de 2019 foi muito importante para a divulgação e também para algumas ações de desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. Com o intuito de cumprir as determinações da Conmebol e da Fifa, os clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro que ainda não possuíam times femininos tiveram que formar equipes para seguir disputando as competições promovidas pela CBF – casos de Atlético e Cruzeiro. O América era o único entre os clubes do Estado que já contava com uma equipe de futebol feminino formada.
Logo em seu primeiro ano de criação, a equipe celeste fez bonito. O time foi vice-campeão da Série A2 do Campeonato Brasileiro, perdendo a decisão para o São Paulo, em agosto, e garantiu vaga na elite no próximo ano. Em dezembro, o Cruzeiro bateu o América nos pênaltis e conquistou o Campeonato Mineiro. De olho em 2020, a equipe cruzeirense vai passar por uma reformulação para disputar a Série A 1.
As titulares da conquista do Mineiro foram mantidas, mas algumas atletas tiveram os contratos rescindidos. Houve também uma mudança no comando técnico da Raposa: Hoffman Túlio deixou o clube e o auxiliar Jorge Victor será o treinador para a próxima temporada.
Galo
O Atlético, que retomou o futebol feminino depois de sete anos, iniciou o projeto em parceria com o Prointer, time sediado na Barragem Santa Lúcia, na capital mineira. Com isso, 25 atletas amadoras passaram a treinar regularmente, a frequentar academia e ter orientação nutricional, entre outros benefícios que eram inimagináveis. As garotas passaram a fazer suas atividades na Cidade do Galo, assim como a equipe masculina.
A primeira competição do Galo Futebol Feminino foi a Copa BH e, ao final da disputa, em junho, sagrou-se campeão. O Atlético, por sua vez, não foi bem na Série A2 do Brasileiro e não conseguiu subir pra a Primeira Divisão. Já no Campeonato Mineiro, a equipe alvinegra terminou a fase classificatória em terceiro e foi eliminada na semifinal pelo América.
O planejamento para 2020 já começou. O Galo Feminino trabalha para anunciar reforços e também o novo treinador da equipe, já que Sidnei Lima deixou o comando técnico.
Coelho
O América, o único entre os grandes da capital que já tinha um time feminino ativo e disputava competições, chegou à final do Campeonato Mineiro, mas perdeu a decisão para o Cruzeiro. Na Série A2, as Coelhinhas foram eliminadas pelo Grêmio nas quartas de final e terão que disputar a divisão de acesso novamente no próximo ano.
Perspectivas
A CBF anunciou o calendário do futebol feminino para 2020. Serão cinco competições, sendo duas adultas e três de base. A Série A1 terá a presença de sete clubes que disputarão a Série A do Brasileiro masculino: Corinthians, Santos, Flamengo, Internacional, São Paulo, Palmeiras e Grêmio.
Disputas
As competições de base serão o Brasileiro Sub-18, o Brasileiro Sub-16 e o Torneio de Desenvolvimento de Futebol Sub-14. A Copa do Mundo na França mostrou um crescimento histórico na audiência, em comparação aos números da competição de 2015. A final entre EUA e França foi vista por 82 milhões de pessoas, número 56% a mais do que a final anterior.
Números
Segundo o relatório da Fifa, 993,5 milhões de pessoas acompanharam o Mundial pela TV, 30% a mais que em 2015. O Brasil não teve o desempenho esperado e foi eliminado nas oitavas, após derrota para a França por 2 a 1. Após a competição, o técnico Vadão foi desligado da comissão e a
sueca Pia Sundhage assumiu.
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