Copa São Paulo de Juniores
Sonho para quatro clubes mineiros
Principal torneio de base do país começa hoje para América, Atlético, Cruzeiro e Tupi
Há cinco décadas, a Copa São Paulo de Futebol Júnior permeia o imaginário de milhares de jovens que vislumbram no futebol a única oportunidade de mudar de vida. Ontem, começou um novo ciclo, com o início da 51ª edição do torneio. Hoje, os quatro representantes mineiros (América, Atlético, Cruzeiro e Tupi) entram em campo.
A competição reúne 128 equipes de todas as partes do Brasil e cerca de 3 mil garotos nascidos entre 2000 e 2004 apostarão todas as fichas na transformação mais radical da vida e da carreira.
“O objetivo é que todos possam aproveitar a Copinha e estejam preparados para as exigências da transição para o profissional”, argumenta Paulo Ricardo, treinador do Coelho. O clube tentará o bicampeonato – venceu em 1996, em uma final contra o Cruzeiro. “Precisamos estrear bem e depois buscar a classificação. Fizemos uma preparação não só técnica, tática e física, mas psicológica também”, ressalta.
Paulo opta por exaltar o conjunto. “O coletivo está sendo preparado para demonstrar o melhor. Dessa forma, o individual de cada um vai sobressair naturalmente”, pondera.
Marcos Valadares, treinador do Galo, também aposta na força do grupo, mas, nos bastidores da Cidade do Galo, os nomes que têm chamado a atenção são os do volante Matheus Stockl, do zagueiro Isaque e do atacante Echaporã. “Temos uma equipe muito equilibrada, com bons jogadores em todos os setores. Fazendo um jogo interessante coletivamente, é normal que os valores individuais apareçam e um ou outro tenha destaque um pouco maior”, disse Valadares.
“Teremos bons desafios. O River tem feito um trabalho bacana no Nordeste. O Ricanato foi campeão da segunda divisão com muitos jogadores do sub-20. O Taubaté faz boas competições a nível estadual”, opinou o treinador.
Ensinando
Criado nas categorias de base da Toca, o ex-zagueiro Célio Lúcio vestiu com sucesso a camisa do próprio Cruzeiro e de outros clubes. Agora, repassa aos garotos o que aprendeu durante quase duas décadas como jogador. Célio assumiu o comando do sub-20 há dois meses. Esperava ter à disposição os garotos que estão incorporados ao profissional, mas que ainda têm idade para disputar a Copinha. No entanto, não lamenta os desfalques, por uma razão óbvia.
“Contávamos com Edu, Popó, Maurício e Rômulo. Infelizmente, ou melhor, felizmente, eles continuaram lá (no profissional). Além disso, vejo como oportunidade para os garotos do juvenil que foram inscritos”, pontua.
Quem acompanha o dia a dia da categoria aponta o meio-campo Jadsom e os atacantes Caio Rosa e Thiago como esperanças de bom futebol no torneio para, quem sabe, repetir o título de 2007.
“No Cruzeiro, tentamos sempre fazer o possível e o impossível para chegar entre os quatro finalistas em todas as competições. Agora não será diferente”, assegura Célio Lúcio.
Interior
O quarto representante mineiro é o Tupi, que chega credenciado pela ótima campanha que fez no Mineiro deste ano, quando foi vice-campeão sub-20 (o Atlético foi o campeão).
O time do técnico Wesley Assis vai enfrentar o time teoricamente mais forte da chave no primeiro jogo, o Bahia.
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.
Copa São Paulo de Juniores