Copa Brasil
América leva empate aos 49 do segundo tempo e garante classificação nos pênaltis
Jogando no Independência, Coelho sai em vantagem, deixa o Ferroviário empatar, mas avança: árbitro falhou ao não assinalar cobrança legal dos cearenses
O mês de abril chegou à metade e o time do América, que encantou a torcida na temporada passada, dá a impressão de que ainda não acordou em 2021. Nesta quarta-feira (14), recebeu o Ferroviário-CE, pela segunda fase da Copa do Brasil. Recém-promovido à elite do Brasileiro, o Coelho encarou um clube que disputará a Série C. No gramado do Independência, porém, a eventual diferença técnica pouco influenciou, numa noite na qual o Coelho quase foi eliminado em casa.
Felipe Azevedo marcou o gol que garantiria a classificação no tempo normal. Aos 49 minutos da segunda etapa, Augusto igualou, contando com a benevolência do goleiro Matheus Cavichioli. Nas penalidades, os donos da casa levaram a melhor. Para o América, Sabino, João Paulo e Ribamar converteram, enquanto Anderson e Carlos Alberto erraram. No Ferroviário, Mauri e Madson marcaram e Augusto e Diego Viana falharam. A batida de Adilson Bahia entrou, mas o árbitro não assinalou o gol, prejudicando o time cearense.
Apesar de avançar, o time alviverde completou a quarta partida sem vencer. Até o duelo desta quinta, a equipe comandada por Lisca vinha de duas derrotas (Atlético e Tombense) e um empate (Patrocinense), pelo Campeonato Mineiro.
Por razões óbvias, a classificação desta quarta-feira deve ser comemorada, para além do prêmio de R$ 1,7 milhão. Contudo, levando-se em consideração que o principal objetivo do alviverde na temporada é fazer boa campanha na Série A e se manter na primeira divisão, pode-se avaliar que Lisca terá muito trabalho para recolocar o time nos trilhos e fazer com que ele reviva os grandes momentos em 2020. À diretoria, há somente uma coisa a se fazer: ir às compras e qualificar o grupo.
O Coelho volta a campo no sábado (17), quando recebe o Coimbra, às 17h30, no Independência, pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro. O Coelho ocupa a terceira colocação, com 16 pontos, seguido pelo Tombense, com a mesma pontuação.
O jogo
O América jogou com tranquilidade na primeira etapa. Mesmo assim, não demonstrou o ímpeto necessário para incomodar a defesa do Ferroviário. O time do Coelho teve maior posse de bola, mas passou grande parte do tempo trocando passes, de forma lenta e improdutiva, pelo meio-campo.
Alê iniciou a partida posicionado à esquerda. Juninho, pelo outro lado, bem aberto. Faltava, contudo, a jogada mais efetiva em direção ao gol, a criação. Tabelas, ultrapassagens e dribles em direção à meta de Jonathan? Praticamente inexistiram.
O Ferroviário, por sua vez, pouco apresentou. Limitou-se a esperar o Coelho do meio para trás e, nas raras ocasiões em que teve a bola sob seus domínios, falhou de maneira quase que infantil.
A posse de bola foi majoritariamente americana. Em determinado período do primeiro tempo era de 72%. Contudo, um domínio ilusório que não se traduziu em perigo ao gol cearense. De chance clara, uma cabeçada, logo no início do jogo, que Rodolfo, sozinho na pequena área, mandou para cima.
Se o Coelho não conseguiu levar perigo tocando bola, usou a jogada área para abrir o marcador. Bruno Nazário cobrou falta pela direita e encontrou Felipe Azevedo, que desviou de cabeça. O camisa 7 ainda não havia entrado em campo neste ano, recuperando-se de lesão muscular na coxa esquerda.
O gol não mudou o ritmo do jogo. Em vantagem, o Coelho seguiu tocando a bola. Apesar do revés, o Ferroviário manteve a postura inofensiva. Só incomodou aos 35 minutos, quando Wendson arriscou e Matheus Cavichioli segurou bem.
O jogo na segunda etapa ficou relativamente mais movimentado, com os visitantes ousando um pouco mais à frente. Afinal, o resultado não interessava. Por outro lado, a limitação técnica do time comandado por Francisco Diá era um adversário a mais no Horto.
Mesmo assim, foi o Ferroviário que se mostrou à vontade no confronto e começou a ameaçar o América. Nos minutos finais, a equipe cearense foi com tudo para o ataque Primeiro, com Adilson Bahia, parado por Matheus Cavichioli. Na sequência, por intermédio de Reinaldo, que carimbou a trave. Aos 49, Augusto apareceu pela esquerda, bateu rasteiro, entre as pernas do goleiro americano.
Nos pênaltis,
América faz o suficiente para vencer o Ferroviário e se classificar
AMÉRICA 1 (3) X 1 (2) FERROVIÁRIO-CE
Motivo: 2ª fase da Copa do Brasil
Local: Independência, em Belo Horizonte
Gols: Felipe Azevedo, aos 17 minutos do primeiro tempo; Augusto, aos 49 minutos do segundo tempo
Cartão amarelo: Roni (Ferroviário)
Arbitragem: Vinícius Gonçalves Dias Aarújo, auxiliado por Daniel Luís Marques e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (todos de SP)
América: Matheus Cavichioli; Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann e João Paulo; Zé Ricardo, Juninho (Flávio) e Alê (Sabino); Bruno Nazário (Carlos Alberto), Rodolfo (Ribamar) e Felipe Azevedo (Gustavo). Técnico: Lisca
Ferroviário-CE: Jonathan; Polegar (Roni), Richardson, Vitão e Emerson (Madson); Wesley Dias (Tibiri), Diego Viana, Berguinho (Mauri) e Reinaldo; Wendson (Augusto) e Adilson Bahia. Técnico: Francisco Diá
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