Foi pouco mais de uma semana de contato direto com o técnico Jorge Sampaoli. Iss porque, logo depois da chegada do diretor de futebol Alexandre Mattos à Cidade do Galo, os trabalhos foram interrompidos por causa do risco de contaminação pelo coronavírus. No entanto, as primeiras impressões do argentino foram as melhores possíveis. Mesmo não estando juntos diariamente no CT alvinegro, treinador e diretor seguem trabalhando de casa para tentar deixar o Atlético mais forte após a retomada das competições.  

“Tenho tido contatos diários com o Sampaoli. Ele é uma pessoa muito intensa, não só na beira do campo, mas diariamente. Ele é extremamente dinâmico, intenso e isso é muito bom porque não deixa ninguém em zona de conforto. Com isso, conseguirá tirar o melhor de cada um. Esse primeiro contato está excelente, estamos criando um bom relacionamento, uma empatia muito legal”, revela Mattos.  

Ciente da bagagem de Sampaoli, que já treinou as seleções da Argentina e do Chile, o novo diretor de futebol do Atlético, que também passou por América e Cruzeiro, garante que está evoluindo muito com o técnico.

“Para mim, também está sendo um aprendizado porque é um treinador com nível de Copa do Mundo e tem tudo para dar certo. No fim, tem de caminhar dentro de campo para que a gente possa fazer a alegria do torcedor”, diz.

Apesar da consciência de que o momento de reclusão é importante para proteger atletas, jogadores, torcedores, comissão técnica e profissionais que trabalham no clube, Mattos lamenta o fato de o trabalho ter sido interrompido, momentaneamente, na Cidade do Galo.

“Se a gente tivesse trabalhando seria ótimo, porque o Sampaoli estaria colocando as ideias dele. Temos um bom elenco, que pode ser melhorado, claro, mas é bom. O problema é que estamos parados. Tenho certeza de que os jogadores são muito profissionais e estão se cuidando em casa. Foi passada uma programação física, orientação de nutrição e cuidados que os jogadores precisam ter em relação ao vírus. Mas não estar tendo o dia a dia, a questão tática, prejudica. Todo mundo viu que, em quatro, cinco dias de trabalho, o Sampaoli já colocou um novo estilo contra o Villa Nova”, aponta Mattos.