O Atlético do técnico Rafael Dudamel ainda não mostrou o que pretende para 2020: um futebol ofensivo, de posse de bola? Ou reativo, ligado no contra-ataque? Com sete partidas disputadas até aqui, o Galo ainda não apresentou uma ideia clara, o que é comprovado pelos números.

Contra o Campinense, na última quarta-feira, o alvinegro sofreu para segurar um 0 a 0 que o garantiu na segunda fase da Copa do Brasil. Levantamento do Footstats, parceiro do Super FC, evidenciou o quanto o time está devendo tanto ofensiva quanto defensivamente.

O Atlético não deu um chute na direção do gol em oito finalizações na partida. Quatro deles foram bloqueados no caminho e os outros foram para fora. O goleiro adversário praticamente não suou no embate em Campina Grande. Desde a final do Campeonato Mineiro de 2017, contra o Cruzeiro, ou seja, há quase três anos, o alvinegro não ficava sem finalizar na meta. Depois disso, o time jogou nada menos do que 200 vezes.

No empate em 0 a 0 com o Campinense, o Atlético-MG não acertou NENHUM (!) chute no gol em 8 finalizações!

A última vez que o Galo fez um jogo com nenhuma finaliz no alvo sequer foi na final do Mineiro 2017 contra o Cruzeiro, dia 30/4, há quase 3 anos!

Sinal de alerta ligado! pic.twitter.com/x7ly31c54g

— Footstats Premium (@Footstats) February 13, 2020

Se o ataque com Di Santo, Hyoran, Marquinhos, Edinho, Dylan Borrero, entre outros, ainda não se encaixou, na defesa, também há ajustes a fazer. Contra o Campinense, a defesa se colocou pouco compactada, deixando com que um time da Série D finalizasse 23 vezes, uma a cada dez passes trocados.

Embora líder do Campeonato Mineiro (com três vitórias e dois empates), o Galo tem aproveitamento pior do que o Cruzeiro, que tem um jogo a menos. Na Sul-Americana, a derrota de 3 a 0 para o Unión, na Argentina, obriga o Atlético a golear o oponente na próxima quinta-feira, no Independência.