Depois todas as confusões e acusações feitas após o clássico deste sábado (19), que terminou com vitória do Atlético sobre o Cruzeiro, por 1 a 0, no Independência, finalmente alguma fonte oficial ligada ao Cruzeiro se pronunciou sobre os incidentes que aconteceram durante o jogo.

Na manhã deste domingo (20), em coletiva de imprensa na Toca da Raposa II, o diretor de futebol do time celeste, Marcelo Djian lamentou que mais uma vez a partida tenha tido mais noticiabilidade pelos acontecimentos fora do campo. "Primeiramente, falando sobre os clássicos, eu acho que tanto Cruzeiro quando Atlético não têm conduzido bem a organização desses clássicos", avalia Djian.

Após essa fala inicial, o diretor explicou que o motivo da opção da diretoria celeste em impedir seus jogadores e o técnico Mano Menezes de concederem as costumeiras entrevistas coletivas após a partida, foi uma forma de protestar contra a gravidade da situação que eles passaram durante o jogo.

"Nós tivemos a necessidade de pedir a intervenção da polícia. Acho que até companheiros de vocês (da imprensa) fizeram imagens dos torcedores, porque eles estavam realmente bem nervosos, bem incitados", disse o direto que afirmou que o Atlético permitiu a entrada de um torcedor condenado por homicídio no camarote vizinho ao que estavam os cartolas celestes.

"Nosso corpo de segurança detectou que um desses torcedores havia sido condenado pela morte de um conselheiro cruzeirense, e nós achamos realmente que essa atitude atingiu o fundo do poço na relação entre Cruzeiro e Atlético. Mas eu acho que Cruzeiro e Atlético é muito maior que isso e algo tem que ser feito para os próximos jogos", apontou.

Entenda. No sábado, o Cruzeiro divulgou nota de repúdio ao Atlético. O time celeste reclamou que no camarote em que foi colocada, a diretoria acabou acuada por torcedores organizados. O clube ainda chamou a atitude do rival de "covarde" e, depois, viu o lado alvinegro responder, em tom de provocação: "Choro de perdedor".