O discurso no Atlético é um só para o duelo da noite desta quarta-feira (17) contra o Cruzeiro, às 19h15, no Independência, pelo confronto de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Com a obrigação de fazer pelo menos três gols de diferença para levar a decisão para a cobrança de pênaltis, o time precisa ser agressivo desde o primeiro minuto de bola rolando. Por isso, a torcida terá um papel fundamental na “decisão”. E apoio das arquibancadas não deve faltar. Todos os ingressos para a torcida do Galo estão esgotados desde a semana passada. A expectativa de público é de 22 mil torcedores.

“Quem sabe a gente não pode ter mais um capítulo de uma improvável reviravolta do futebol? Temos tudo para buscar isso. Até porque, na primeira partida, foi um jogo muito equilibrado. Claro que o placar foi elástico, é difícil reverter, mas se analisarmos friamente, os gols, com exceção do primeiro, foram em erros nossos”, ponderou o zagueiro Réver, que conhece bem a força que o time tem no Horto. “O que me faz acreditar é minha confiança no elenco, no treinador, na força da arquibancada. Isso nos motiva ainda mais. Vamos dar nosso melhor. É o jogo mais importante da nossa vida, da temporada. Não precisa ter motivação maior, é um clássico. Isso vem de cada um. Vem de dentro. Quem gosta de perder um jogo como esse está na profissão errada”, completa o defensor atleticano e um dos líderes do elenco alvinegro.

Sempre que a coisa aperta, a torcida atleticana se apega à campanha na Copa Libertadores de 2013 e da própria Copa do Brasil em 2014 para encontrar forças para seguir acreditando. Presente nos grandes momentos do Galo nas conquistas das duas temporadas, o zagueiro Réver é otimista. “Em 2014 nós fomos prova disso (que é possível reverter grandes desvantagens) na Copa do Brasil, tendo dois resultados onde tínhamos que nos lançar de qualquer forma para cima dos adversários e conseguimos as viradas. Na Libertadores em 2013 também. Cada jogo tem sua história, mas o Atlético já está calejado desse sofrimento para possíveis classificações e não é nada diferente de situações que já enfrentamos. Vamos confiar totalmente um no outro dentro de campo e vamos em busca desse objetivo. Nós temos tantos lemas e dizeres do torcedor aqui e, enquanto tiver chance, nós vamos lutar até o último momento”, garantiu o defensor.

Nas semifinais da Libertadores, o Atlético perdeu o jogo de ida por 2 a 0 para Newell's Old Boys, da Argentina, e fez 2 a 0 no duelo de volta, levando a decisão e se classificando nos pênaltis. A história na final foi semelhante. Dois a zero para o Olímpia, no Paraguai. Na volta, o Galo inverteu o placar e também avançou nos pênaltis. Na Copa do Brasil do ano seguinte o enredo foi tão emocionante quanto. Derrota de 2 a 0 para o Corinthians nas quartas de final e vitória de 4 a 1 no segundo jogo, além da derrota de 2 para o Flamengo na semifinal e novo 4 a 1 na volta. Por isso, vale redobrar a dose do “Eu acredito para hoje”.