Xô, desconfiança!
Galo vence o Santos na estreia de Mancini no Independência
Vitória por 2 a 0, gols marcados por Luan e Leonardo Silva, dois ícones do time e que foram às redes no primeiro tempo
Xô, desconfiança! O torcedor do Atlético queria ver uma reação do time após o empate decepcionante contra o CSA na última rodada. E a estreia de Vágner Mancini dentro do Independência não poderia ser melhor. A reposta esperada pelo torcedor veio justamente diante do Santos, um dos times mais badalados do Campeonato Brasileiro.
Vitória por 2 a 0, gols marcados por Luan e Leonardo Silva, dois ícones do time e que foram às redes no primeiro tempo. Um jogo onde o Atlético sobrou em raça, fazendo jus ao que o time sempre apresentou diante do seu torcedor no Horto. As críticas a Mancini existiram, principalmente quando ele lançou em campo Maicon Bolt, mas, no geral, o comandante se saiu bem na missão.
Alívio para o torcedor atleticano, que via o time flertando perigosamente com a turma da confusão. O resultado fez o Galo chegar aos 35 pontos, abrindo quatro para o Fortaleza, o 12º, com 31, e nove para o CSA, o primeiro time do Z-4.
O torcedor do Atlético estava desconfiado do time. Afinal de contas, o Galo ostentava o ingrato título de equipe com a pior campanha considerando as últimas 12 rodadas - cinco pontos em 36 possíveis. Para aumentar o 'ranço', Vágner Mancini, técnico bastante questionado, fazia sua estreia em casa. Mas se o objetivo era deixar de lado todo o clima de incertezas quanto ao destino, o alvinegro mineiro foi rápido e letal.
Com um minuto de jogo, um tapa de Réver para encontrar um Luan infiltrando na grande área. Chute preciso, que chegou a ter um toque do goleiro Everson, mas que morreu no fundo das redes. Para variar, o protocolo do VAR deu aquele clima de tensão ao jogo. Cerca de quatro minutos depois, o alívio. Era a confirmação do gol.
O jogo seguiu em um ritmo alucinante. Bem ao estilo "Caldeirão" que o Galo está acostumado a apresentar no Independência. Destaque para a vontade demonstrada pelos atletas em cada dividida. O Atlético estava ligado no 220. Alguns jogadores ainda mais, como Nathan, Otero, o próprio Luan, e uma solidez maior apresentada por Guga na lateral do que os jogos inconstantes de Patric.
O Santos tentava espetar pelas beiradas, com Soteldo tentando vencer as batalhas pelo lado esquerdo, e Marinho na direira. O time de Sampaoli, ao seu estilo, dominou a posse de bola, com 74% na primeira etapa. Mas as jogadas efetivas foram poucas. Com o Galo sobrando em disposição.
O time chegou ao segundo gol ainda no primeiro tempo, com Leonardo Silva, na sua característica primordial: a jogada aérea. Casquinhou no primeiro pau e anotou o seu 36º gol pelo clube alvinegro, reassumindo a condição de maior zagueiro artilheiro da história do clube, uma disputa boa com Réver. O Santos ainda tentou dar uma pressão na etapa inicial, com as jogadas pelo alto, mas seguiu com sua improdutividade.
Com a vantagem no placar, o Atlético fez um jogo tranquilo nos 45 minutos finais, com oportunidades até para ampliar o marcador. O Santos promoveu até algumas mexidas, como a entrada de Eduardo Sasha, um dos artilheiros do time, mas não conseguiu vencer Cleiton, em outra partida muito boa mesmo com os sustos em saídas de bola. Dominante, o Atlético, mesmo tendo que correr muito atrás do toque de bola santista, foi muito mais perigoso e envolvente, capturando mais três pontos no Brasileirão.
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Xô, desconfiança!