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Arena MRV high-tech: estádio do Galo será o mais tecnológico da América Latina
O projeto é conduzido pela empresa global Accenture. Proposta ambiciosa se inspira em esportes americanos, no futebol europeu e parques de diversão
Um projeto ambicioso, nunca antes implementado no país. A Arena MRV, o futuro estádio do Atlético, que está sendo construído no bairro Califórnia, região Noroeste de Belo Horizonte, tem o audacioso plano de se tornar a praça esportiva mais tecnológica da América Latina. Não se trata apenas da facilidades para a compra de ingressos, tíquetes de estacionamentos ou fichas para o consumo de produtos. A proposta é estabelecer uma nova experiência para o fã, seja em um jogo de futebol ou em um show.
As obras, que completam um ano nesta terça-feira (20), ficarão prontas no segundo semestre de 2022. Enquanto isso, o projeto tecnológico está sendo desenvolvido pela Accenture, uma empresa global de consultoria e gestão, especializada no segmento. "No Brasil, não encontramos uma arena com ambição similar. Lá fora, as referências são grandes clubes de esporte. Na Europa, clubes de futebol e, nos Estados Unidos, times de futebol americano e de basquete. Todos pensam na experiência do fã e usam a tecnologia como propósito", explica o gerente sênior de Industry X na Accenture Brasil, Guilherme Goehringer.
Ouça toda a entrevista com Guilherme Goehringer:
Parques de diversão, como a Disney e o Dubai Parks, nos Emirados Árabes, também foram usados como inspiração. O propósito da nova arena, claro, é ser um espaço para receber os jogos do Galo. Mas a intenção também é transformar o espaço num local de entretenimento para diferentes tipos de evento.
"Estamos passando por várias revoluções tecnológicas e industriais. Todos os mercados devem se adequar para trazer uma experiência fantástica para seus clientes. Entendemos nossos clientes como os nossos fãs, e eles estarão sempre conosco. Queremos que nossos fãs sejam cada dia mais fidelizados e vamos explorar de forma otimizada os recursos tecnológicos disponíveis, para maximizar o entretenimento e encantamento, alavancando a tecnologia como negócio", pondera Leandro Evangelista, gestor executivo de tecnologia da Arena MRV.
Da teoria à prática
A Arena MRV vai criar um aplicativo de celular que integre ações para antes, durante e depois dos eventos, como, por exemplo, garantir o ingresso antecipadamente, reservar a vaga para estacionar, compra a ficha da cerveja para evitar fila ou mesmo deixar agendado um motorista para buscá-lo no portão de saída mais tarde.
"Quero usar a tecnologia para facilitar, descomplicar a vida do fã, criar uma comunidade em torno deste projeto e promover a segurança". Nem todas as ações precisam estar ligadas ao app, mas você tem muitas oportunidades de colocar neste app, para que você possa ter uma experiência fluida do início ao fim desta jornada", ressalta Goehringer.
Para colocar as ideias em prática é preciso um estudo de viabilidade. Um dos grandes problemas dos estádios no Brasil é a conectividade. Em jogos grandes, o serviço de dados e telefonia costuma não funcionar. Para resolver esse entrave, a Arena MRV projeta espalhar hotspots de acesso à internet sem fio por toda a sua área.
"Estamos buscando parceiros que implementem uma rede wifi de alta qualidade, disponível para todos. Além disso, também estamos com um planejamento de instalação de várias antenas das operadoras, para o fã utilizar voz também com qualidade", explica Evangelista.
Por uma questão financeira, o projeto tecnológico não poderá ser colocado todo em prática logo no primeiro jogo. Tudo será testado aos poucos e dentro do orçamento do empreendimento. Os valores para a implementação desta ainda estão sendo levantados.
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