Opinião
Análise: instabilidades de pilares contribuem para o momento irregular do Galo
Atlético patina no Brasileiro em período que suas principais peças atravessam pior momento na temporada
O Atlético atravessa seu pior momento na temporada. Nada se comparado ao início do trabalho do técnico Cuca, que chegou pressionado por não ser unanimidade na torcida, perdeu o clássico contra o seu maior rival e gerou revoltas nas redes sociais.
Naquele período, o treinador ainda conhecia o elenco e precisou de tempo para fazer a equipe evoluir, entender o esquema de jogo e a ruptura que precisava ser necessária com o trabalho do técnico antecessor.
Conseguiu e viu o time conquistar bons resultados, cumprir todas as metas na temporada como o título mineiro, a melhor campanha da Libertadores, a classificação na Copa do Brasil e a recuperação no Brasileiro depois de uma estreia vacilante.
Mas uma somatória de problemas culminou com resultados ruins, diante de equipes que não vão brigar pelo mesmo objetivo que o Atlético no Brasileiro. Surto de Covid-19, lesões e convocações são motivos importantes para justificar os resultados de empate em casa com a Chapecoense e derrota para o Ceará.
Mas um ponto central está na instabilidade de seus pilares. A começar pelo ataque, tido como um dos melhores do país. Apenas seis gols em seis jogos na competição. A má fase de Keno começa a ser decisiva para o time alvinegro. Diante do Ceará, teve a chance nos pés por duas vezes para marcar ou dar uma assistência. Na primeira, chutou em cima do goleiro e, na segunda, errou infantilmente um passe dando contra-ataque ao adversário.
Allan, que se tornou peça fundamental do esquema de Cuca, foi o responsável pelo pênalti infantil cometido contra a Chape, que gerou o gol de empate da equipe catarinense, quando o Galo controlava a partida.
O zagueiro Réver, que se não é considerado titular, é uma espécie de 12º jogador que sempre entra na equipe. É o iniciador de jogadas, com precisão nas bolas longas e exímio construtor na saída de bola. Com lombalgia, jogou no sacrifício contra a Chape e teve dificuldades. Diante do Ceará, ficou no banco, o que fez o time ter problemas na saída de bola.
Contra o Ceará, o goleiro Everson, um dos destaques do time nos últimos jogos, que salvou o time de resultados adversos contra Inter e Chape, falhou bisonhamente nos dois gols do time cearense, dando a vitória aos donos da casa.
Por fim, a instabilidade emocional do técnico Cuca, que esbravejou e xingou o árbitro Leandro Pedro Vuaden após o jogo em Fortaleza, deixando claro que a tranquilidade dos bons resultados é efêmera e que o trabalho caminha numa linha tênue dependente do desempenho de cada partida.
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