Sonho
Galo de ‘coração’, Hulk quer entrar para a história com o título brasileiro
Em entrevista exclusiva à rádio Super 91.7 FM, atacante do Atlético afirma se sentir em casa e conta o porquê escolheu o alvinegro em seu retorno ao Brasil
Mesmo com estádios vazios, Hulk caiu nas graças da torcida do Atlético. Se em campo ele “esmaga” os adversários, fora dele, tem acalentado os corações que batem em preto e branco. Assim tem sido a passagem do atacante pela Cidade do Galo. Depois de 16 anos atuando fora do Brasil, retornou às origens para envergar a camisa alvinegra. São apenas sete meses e 33 jogos, mas ele já se sente em casa. Tornou-se o principal nome da equipe. Para boa parte da imprensa esportiva, o grande destaque do futebol nacional na temporada.
“Poucos me conheciam e sabiam das minhas características mesmo. Poucas pessoas me acompanhavam lá fora, muitos tinham desconfiança, o que é normal quando não se acompanha o jogador. Eu tinha feito só dois jogos no Brasil. Mas vim muito confiante, muito motivado. Escolhi o clube certo, estou muito feliz e já me sinto atleticano de coração”, revelou Hulk em entrevista exclusiva à Radio Super 91.7 FM.
Hulk acertou com o Atlético após ficar quatro anos no futebol chinês, quando encerrou o contrato com o Shangai SIPG. Tinha propostas para voltar à Europa, onde já havia defendido Porto e Zenit, além de sondagens de outras equipes brasileiras.
“Recebia muitas ligações, mas chega um ponto em que a gente tem o privilégio de escolher onde vai morar. Tive propostas da Europa que mexeram um pouco. Mas tinha vontade de disputar o Brasileiro (Hulk deixou o Brasil em 2005, após apenas dois jogos como profissional do Vitória). Recebi propostas de outros clubes daqui, mas decidi pelo projeto apresentado pelo Atlético, pela ambição”, explica.
CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA ABAIXO:
A boa fase de Hulk foi precedida por um início instável, com direito a pequeno entrevero com o técnico Cuca. As supostas arestas com o comandante do Galo surgiram logo após a vitória sobre o Athletic por 1 a 0, na fase classificatória do Campeonato Mineiro, em 24 de abril. Na ocasião, o jogador deu entrevista “cobrando” mais ritmo para chegar à forma ideal. Até então, Hulk não era titular absoluto. Cuca rebateu e o clima pesou. Contudo, uma conversa entre os envolvidos arrefeceu o princípio de incêndio na Cidade do Galo.
“Teve aquele episódio que, na verdade, eu fui me cobrar. Quem me conhece, sabe o tanto que me cobro. Disse que precisava ter mais tempo em campo porque teria mais confiança e as coisas poderiam dar certo. Muitos aproveitaram e quiseram passar que tinha um clima pesado no vestiário. Eu sempre respeitei o Cuca, nunca tive problema com ele. Foi tudo esclarecido. Eu comecei a aproveitar mais, desfrutar mais e o Cuca começou a me entender melhor como jogador. O ambiente é maravilhoso, eu respeito todo mundo e o clima no Atlético é de paz”, assegura o jogador.
Sonho
No próximo domingo (25), data do duelo contra o Bahia no Mineirão, pela 13ª rodada do Brasileiro, Hulk completará 35 anos. A partir das 11h, quando o árbitro Antônio Dib Moraes de Souza soar o apito para o início do confronto, o atacante dará mais um passo rumo à missão que ele considera o principal motivo para ter escolhido o Atlético.
“São quase 50 anos sem ganhar o Brasileiro e quero entrar para a história do clube. Se a gente ganhar, vai ser especial demais para os atleticanos, para os mineiros”, vislumbra o camisa 7.
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