Opinião
Dimara Oliveira: Galo está preparado para as cobranças?
Atlético de volta, a missão e as cobranças são grandes para quem foi muito em 2021. A nova temporada promete. Demorou para voltar? Não
Atlético de volta, a missão e as cobranças são grandes para quem foi muito em 2021. A nova temporada promete. Demorou para voltar? Não. O time terminou a temporada 2022 em um último jogo ganhando o título da Copa do Brasil, na decisão contra o Atlético Paranaense. Isso era 15 de dezembro, um mês e dois dias depois, o elenco alvinegro está de volta aos trabalhos.
Os jogadores curtiram aquele sonho que a gente mesmo vive nesta época. Aquele do ano novo, férias, 30 dias, no verão. Fala que você, torcedor, não pensa nisso? Mereceram! E como jogaram em 2021! Que time, que trabalho! Que temporada do Galo. Conquistas: Mineiro, Brasileiro, Copa do Brasil.
Tríplice coroa? Nada disso. “Triplete alvinegro” é como a diretoria orientou a serem chamadas as três conquistas. E vamos combinar, o nome é o que menos importa. O que importa mesmo é como o torcedor foi feliz, como ele comemorou, como o torcedor se sentiu poderoso em tudo aquilo que se refletiu nos então comandados de Cuca. Foi mesmo linda a união torcida/time.
E agora? O técnico não é mais Cuca. Vai fazer falta? Vai, e muita. Não é só a questão técnica, futebol é muito mais que só isso. É gerenciamento, é a credibilidade que passou ao torcedor que acompanhou de perto, ele ali no banco, quase que orquestrando a relação com o torcedor. Quantas vezes vimos Cuca até comentar os jogos olhando para as cadeiras do Mineirão, compartilhando com o torcedor os momentos, os jogos, o que ele estava pensando. E a torcida foi junto. Ele é o “cara”.
E, além de Cuca, Junior Alonso, Alan franco, Nathan, Hyoran, Diego Costa também não estarão em 2022. Guilherme Castilho, Vitor mendes, Fábio Gomes e Ademir chegaram, além de Diego Godín, que retorna ao futebol sul-americano após muitos anos na Europa e passagens por clubes como Atlético de Madrid e Inter de Milão. O jogador é, até agora, o principal reforço do Atlético para 2022.
Ainda se fala em Otávio, volante do Bordeaux, e Edenilson, volante do Internacional. O técnico agora é o argentino El Turco. Após buscar no mercado alguns nomes, El Turco virou pauta do Galo, até o acerto. "Esforço, garra e dedicação", prometeu o treinador. "Sanguíneo", como definiu o diretor de futebol, Rodrigo Caetano. Sanguíneo é mesmo o perfil que o atleticano gosta, significa envolvimento, participação, interação, muito trabalho. É o que se espera. O encaixe.
Pode dar certo? Claro que pode. Vai dar certo? Não sei. Até porque no futebol os anos de bola me mostraram muitas surpresas e pouca adivinhação. A própria sequência de Cuca não significaria que as conquistas iriam acontecer. Um treinador mais conhecido também não significaria, efetivamente, dar certo.
Tem receita? Não. Tem pistas, sim. Organização, salários em dia, grupo embuído no trabalho, dedicação, estrutura... Vá lá, isso já é um caminho bem costruído. Então, Atlético, ao trabalho...
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