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Shoppings não esperam 'corrida' de consumidores, diz porta-voz da Multiplan
Medo da doença e redução na renda da população devem, para Vander Giordano, afetar o retorno das atividades
Após quase 140 dias fechados como medida de prevenção à Covid-19, os shoppings de Belo Horizonte voltaram a abrir as portas nesta quinta-feira (6). Mesmo com os quase cinco meses, o vice-presidenten e porta-voz da rede Multiplan, que administra o BH Shopping, o Pátio Savassi e o DiamondMall em BH, Vander Giordano, não espera que haja uma corrida desenfreada de consumidores aos centros comerciais.
"São dois fatores associados: o medo da doença e perda de renda que atingiu boa parte da população, então essa combinação fará com que o processo seja gradual, seguro, mas de uma maneira progressiva", prevê Giordano. O vice-presidente ainda afirma que, embora o movimento seja menor, a taxa de conversão das lojas deve ser maior, já que a maioria das pessoas que irão aos shoppings já saberão o que querem comprar. "Pelo menos é o que esperamos e aconselhamos", completa.
Apesar de o retorno acontecer às vésperas do Dia dos Pais, Giordano considera que a demanda reprimida de artigos como vestuário, telefonia e eletrônicos pode ser o ponto forte para o movimento nos shoppings. "Imagine quem tem criança pequena, que cresce rápido e perde a roupa? E nós estávamos em uma estação quente e agora estamos em outra estação, então, o setor de vestuário tem procuras específicas para determinados produtos", exemplifica.
Nesse sentido, Giordano considera que a data comemorativa não deve interferir de forma tão significativa. "Qualquer que fosse o dia da reabertura, seria um grande alívio para os lojistas e para os shoppings centers, em qualquer data que ocorresse", opina, relembrando sua posição sobre o receio que as pessoas ainda têm.
Segurança sanitária
Para garantir a segurança de clientes e colaboradores dos shoppings da rede, a Multiplan investiu em três bases, conforme explicou Giordano. A primeira é o controle de entrada, que será feito por meio do estacionamento, que tem cones espalhados para garantir espaço entre os carros, e da entrada nas portarias, onde o público é contado. A capacidade do shopping, que antes era de mais de 20 mil pessoas, foi reduzida a pouco mais de 3 mil, com entradas em apenas cinco das 13 portarias
Outra base de controle é o uso de máscara. Nas entradas, câmeras infográficas medem a temperatura e detectam o uso de máscara de quem tenta entrar no shopping. Caso o uso não seja detectado, o aparelho alerta a equipe de segurança, que barra a entrada sem o acessório de proteção.
A terceira ação se concentra nas medidas de higienização. Segundo Giordano, os tapetes nas entradas contêm uma solução desinfetante para limpar os sapatos do público. Nos corredores, é possível ver purificadores de ar, as escadas rolantes têm demarcações de distanciamento e corrimãos higienizados à medida que fazem sua rotação. Após o fechamento, segundo o porta-voz, o espaço é desinfectado com peroxido de hidrogênio.
“Estamos colocando em prática medidas adicionais de prevenção à Covid-19, além daquelas obrigatórias, e reforçando ainda mais a rotina de higienização do shopping, que já era bastante rigorosa", declara.
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