Enfim, a novela Fred deverá ter um capítulo decisivo. Está marcado para esta terça-feira o parecer da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) sobre a possível multa de R$ 10 milhões que teria de ser paga ao Atlético pela ida do centroavante ao Cruzeiro no início deste ano. Porém, ainda que não haja nenhuma confirmação oficial por parte do órgão, o presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, mostra-se otimista.

Informações de bastidores dão conta que o órgão julgou procedente a cláusula imposta pelo Atlético ao final do acordo de rescisão entre as partes. No acordo, se comprometeu a pagar R$ 10 milhões ao ex-clube em caso de assinatura de vínculo empregatício com o arquirrival Cruzeiro até o último dia de 2018. Como dias depois o atleta assinou com a Raposa, o Galo sentiu-se no direito de ser ressarcido.

"Estou ansioso para saber se é verdade que o Atlético ganhou este caso. Será uma grande notícia para todos nós. Esperamos que a justiça seja feita. Não impedimos o atleta de sair do clube, nem de assinar com ninguém. Por isso, acredito que Justiça fará o que deve", afirmou Sette Câmara à rádio Super.

O mandatário alvinegro afirmou que está aberto ao diálogo com o Cruzeiro, mas brincou dizendo que comemorará com champanhe a decisão, caso seja favorável.

“Se vencermos esse processo do caso Fred, preciso abrir uma garrafa de champanhe para comemorar. Espero que cheguemos a um denominador comum. Inclusive temos portas abertas com o Cruzeiro e aceitaria negociar com eles, sem nenhum problema", completou.

Sette Câmara destacou que, ainda que seja favorável, a decisão do CNRD cabe recurso.

"Ainda cabe recursos em cortes internacionais, mas acho que não reverte o caso após a definição", concluiu.

O entrave entre Atlético e Fred se iniciou no final do ano passado, quando o atleta rescindiu o acordo com o Galo e comprometeu-se a pagar R$ 10 milhões ao clube em caso de acerto com o arquirrival, Cruzeiro. 

No dia seguinte à assinatura da rescisão, ele acertou sua ida ao Cruzeiro, destacando que caberia à Raposa o pagamento da multa, o que gerou entrave entre as partes que foi parar no CNRD.