Luta contra o Z-4
Rebaixamento? Os números que comprovam o drama e o desespero do Cruzeiro
Super.FC faz levantamento e mostra dados da péssima fase vivida pela Raposa
Ansioso, desesperado e em crise dentro e fora de campo. Mesmo que vença a Chapecoense na Arena Condá, na noite deste domingo (13), o Cruzeiro não sairá da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Reflexo de um dos piores momentos da história do clube celeste, que venceu apenas três dos últimos 30 jogos e vive sequência de oito partidas sem vitórias, sendo sete pelo torneio de pontos corridos e uma pela Copa do Brasil. A China Azul não vê sua equipe conquistar três pontos desde o longínquo 1º de setembro. Na ocasião, 1 a 0 sobre o Vasco, no Mineirão. De lá pra cá são cinco derrotas e três empates.
Como não poderia ser diferente, os números comprovam a péssima fase estrelada. Segundo o Departamento de Matemática da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a Raposa tem 71,9% de chances de ser rebaixada pela primeira vez em sua história. Para piorar, o duelo desta noite é fora de casa e direto contra a Chapecoense, lanterna do Brasileiro e companheira do Cruzeiro no G-4. E o desempenho celeste longe de seus domínios não é nada animador.
A Raposa é a única equipe que não venceu fora de casa no Brasileirão deste ano. São apenas cinco pontos em 12 jogos nesta condição em 2019, sendo cinco empates e sete derrotas, com oito gols marcados e 20 sofridos. Desde 2018, são 25 partidas sem vencer como visitante no torneio.
No confronto direto com a Chape, a vantagem também não é celeste. São 11 jogos pelo Brasileiro, com quatro vitórias estreladas, dois empates e cinco triunfos catarinenses. Já na Arena Condá, equilíbrio, com duas vitórias para cada equipe e três empates.
No entanto, no quadro geral do Brasileiro, o cenário também não é nada animador. A Raposa tem 21 pontos em 24 jogos, venceu apenas quatro partidas, empatou nove e perdeu 11. São irrisórios 29,2% de aproveitamento.
Não à toa, o técnico Abel Braga vê, por conta do nervosismo, da ansiedade e do psicológico e emocional afetados, uma influência da má fase no desempenho da equipe.
"Não quero falar muito. Não gosto de falar mentira, pois vocês são intermediários entre nós e o torcedor. O peso está grande, enquanto essa vitória não acontecer, não dá. É menos um jogo em que vamos vendo os outros times conseguindo pontos e não conseguimos tirar esse peso. E esse peso está tendo influência. Não importa a circunstância, temos que fazer nossa parte. Já são 24 rodadas e temos quatro vitórias na competição. Por mais que tentamos apoiar, confiar e tudo mais, o emocional pesa de forma muito ruim", disse o treinador.
O peso também fica claro nas declarações dos jogadores, como a forte frase de Robinho após o empate em casa com o Fluminense. "É inacreditável, não sei o que falar. Dá vontade de chorar porque a gente não tem explicação", lamentou o meio-campista.
Em crise, o Cruzeiro vive uma das piores fases de sua história e a cada rodada que passa sem vitória, o drama, a ansiedade, o desespero e a cobrança aumentam, tornando ainda mais difícil a recuperação. A Raposa precisa acordar logo, antes que seja tarde demais. Uma vitória nesta noite não tira o time da zona de rebaixamento, mas torna o objetivo menos difícil e reduz a pressão, dando mais tranquilidade ao técnico Abel Braga e ao elenco, enquanto uma nova derrota vai piorar ainda mais a situação. A China Azul torce para que os péssimos números mudem para não render no inédito rebaixamento.
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.
Relacionadas
Luta contra o Z-4