Após o Mineirão virar palco de guerra em duas ocasiões em menos de um mês  - o clássico entre Cruzeiro e Atlético em 10 de novembro e no jogo Cruzeiro e Palmeiras no último domingo (8) -, a Polícia Militar diz que vai manter o protocolo utilizado nas últimas oportunidades. O comandante geral da corporação, Giovanne Gomes, avaliou o ação da PM no último domingo como "de sucesso" e que dará continuidade no próximo ano. 

"Se comparar com outros estados e a dimensão aqui, temos obtido sucesso, Acontece fatos como aconteceu domingo, era um momento crucial do time, que a torcida teria uma reação e nós fizemos um planejamento para esse jogo e ao analisar os resultados, priorizamos a vida, estabelecemos como prioridade dispersar multidões e não a prisão", disse. Gomes.

De acordo com o comandante da PM, a segurança patrimonial do estádio deveria ser feita pela empresa contratada para essa finalidade. Os militares, que foram em número reforçado, estavam no local para agirem caso houvesse quebra da ordem pública, o que ocorreu por volta dos 35 minutos do segundo tempo.

"O protocolo foi pontual. Já estávamos preparados para noticiar o direcionamento que íamos dar para que o cidadão de bem não fosse pisoteado, não tivesse a integridade violada. Usamos o uso progressivo da força, a guarnição estava bem postada, equipada. Tinham duas torcidas brigando, não vou aqui citar o nome delas por respeito, e nós utilizamos jato de água, que é o menor potencial ofensivo bem como granadas de efeito moral para não acontecer uma correria e a pessoas caindo e sendo pisoteadas. Os protocolos já estabelecidos são de sucesso e vamos continuar implementando", avaliou.

Perguntado pela reportagem de O TEMPO se a Polícia Militar pediria alguma punição às torcidas organizadas, Giovanne Gomes disse que "historicamente, por diversas vezes", já solicitou ao Judiciário medidas preventivas para melhorar a atuação da Polícia como mandados de busca e apreensão nas sedes das organizações. Questionado sobre como seria o próximo ano, o comandante preferiu a cautela.

"Cada evento é um evento, depende do time que está jogando, depende do momento que o time está jogando, no campeonato em que está jogando. Então trabalhamos de forma já histórica, analisamos o momento, todas as circunstâncias, inclusive buscamos informações quando são times de outros estados junto as demais policias, até o ímpeto da torcida. Respeitamos as organizadas, mas historicamente já por diversas vezes solicitamos o judiciário ações preventivas para melhorar a nossa atuação", afirmou.