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Presidente do Cruzeiro comenta possível rachadinha em venda de Mayke: 'Nebuloso'
Transferência do lateral para o Palmeiras em 2018 está sendo investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público
Mesmo com um presidente eleito para nova gestão, o Cruzeiro ainda é assombrado pelo fantasma da gestão de Wagner Pires de Sá, na mira do Ministério Público e da Polícia Civil. Uma das situações investigadas é a transferência do lateral-direito Mayke para o Palmeiras, em 2018, com possível esquema de 'rachadinha'. À ESPN, o novo presidente, Sérgio Santos Rodrigues, comentou a sobre a apuração.
"É mais uma de uma série de irregularidades que aconteceram. O caso do Mayke é muito claro. Eu, inclusive, era superintendente de futebol quando essa negociação em princípio foi feita, quando ele foi por empréstimo ao Palmeiras. Ele foi com os direitos pré-fixados, então quando o Palmeiras resolve comprá-lo, bastava depositar o dinheiro. E aí me parece que surge no meio um empresário que sequer era empresário do atleta para intermediar a negociação e ganhar 10%", comentou.
Sérgio Santos Rodrigues foi candidato na eleição que definiu Wagner Pires de Sá como presidente do Cruzeiro, em 2017. De volta ao pleito, derrotou Ronaldo Granata e foi eleito para um mandato-tampão, período que vai até 31 de dezembro. Mesmo em um novo momento no seu mandato, Sérgio convive com algumas consequências da gestão temerária de Wagner.
"É tão ruim [suspeita de rachadinha] quanto diversos outros que a gente viu. Empréstimo de empresário particular sem qualquer envolvimento no futebol e que recebe percentual de jogadores em valor muito maior que esse empréstimo. Tem muitas coisas nebulosas, gastos altíssimos com escritório de advocacia, de contabilidade, compra de esteira ergométrica feita de escritório de advocacia e não do fornecedor norte-americano...", declarou.
A gestão de Wagner está sendo investigada na Polícia Civil e no Ministério Público. "Se a gente for listar a série de abusos que vimos aqui, não vamos acabar nunca. A gente torce e cobra da Policia Civil e Ministério Público, que são órgãos com capacidade de promover a penalização das pessoas envolvidas nisso, que esses resultados saiam rápido", opinou o novo presidente do Cruzeiro.
A venda de Mayke ao Palmeiras, em 2018, está sob investigações na Polícia Civil e no Ministério Público com suspeita de rachadinha, movimento que estabelece comissões a empresários e dirigentes acerca de transações.
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