Calibrando o pé
Ney Franco trabalha ataque do Cruzeiro, que marcou apenas três gols na Série B
Nas duas primeiras partidas do comandante, Raposa foi às redes com um meia e um lateral; treinador quer aumentar o número de chances criadas
A defesa do Cruzeiro falhou na última partida do clube, a derrota para o CSA por 3 a 1, em Alagoas, permitindo três gols no jogo aéreo sem contestação. Mas o ataque celeste não vem tendo um aproveitamento positivo nesta temporada. Em 10 jogos na Série B, o time foi às redes em apenas 11 oportunidades. Desses tentos, apenas três foram marcados pelos atacantes celestes, sendo dois de Marcelo Moreno, um de pênalti e outro com a bola rolando, e também um de Arthur Caíke em uma jogada de bola parada.
No ano, o principal artilheiro do clube segue sendo o meia Maurício, com cinco gols, enquanto o atacante Thiago aparece ao lado de Régis, na vice-artilharia, com três gols cada, e Marcelo Moreno vem com dois. No geral, os atacantes celestes que estão no elenco marcaram apenas oito gols dos 34 no ano.
A situação, é claro, já foi percebida pelo técnico Ney Franco, que nas duas primeiras partidas à frente do clube viu gols saírem dos pés de um meia e de um lateral-esquerdo. O comandante admitiu o desempenho bem aquém, mas assegurou que vai trabalhar essa deficiência ofensiva, além de aumentar a produção de jogadas para gol nos jogos que virão.
"Eu posso falar de duas partidas que eu trabalhei à frente do Cruzeiro. A primeira, dentro de casa, a gente fez apenas um gol, e agora no segundo jogo, a gente voltou a fazer apenas um gol. É muito pouco. Embora seja uma média de um gol por partida, mas ainda é pouco pelo que a gente quer da nossa parte ofensiva", analisou Ney Franco.
"No jogo passado, a gente teve um meia chegando e fazendo o gol, e dessa vez foi um lateral. Nos cabe entrar dentro do campo, preparar mais essa equipe, criar uma força ofensiva maior e a gente tem jogadores para fazer esse tipo de trabalho. Ficamos na expectativa que com o trabalho a gente possa ter uma força ofensiva maior e criar mais situações de gols. Logicamente, criando mais situações de gol, nossos atacantes aumentam essa possibilidade de marcar", salientou o treinador celeste.
Mas além de aumentar a produção, o time precisa ser mais acertivo na hora de finalizar. Nos dois jogos de Ney no comando do Cruzeiro, o clube teve 29 finalizações, com apenas oito arremates encontrando o gol adversário e dois gols marcados. Ou seja, para fazer um gol, o Cruzeiro precisou em média de 14,5 finalizações. Foram ainda 10 chutes para fora e outros 11 travados.
Uma opção
O Cruzeiro está próximo de contar com o retorno do atacante Zé Eduardo, de apenas 21 anos, que está emprestado ao América-RN. Sozinho, neste ano, ele já marcou mais gols que os atacantes que estão no clube. Foram nove, cinco pelo América-RN em cinco partidas, e outros quatro gols pelo Villa Nova. A Raposa e o clube potiguar discutem o retorno do atleta a BH. Há o interesse evidente de Zé Eduardo, mas o América-RN deseja ser compensado, seja financeiramente ou com o empréstimo de talentos da base cruzeirense.
Próximo desafio
O time celeste volta a campo na próxima sexta-feira, quando recebe o Avaí, no Mineirão, às 21h30, pela 11ª rodada da Série B. O time catarinense é o 12º colocado, com 10 pontos, enquanto o Cruzeiro é o 15º, com oito.
O rendimento ofensivo do Cruzeiro nas duas partidas de Ney Franco
Contra o Vitória
15 finalizações
3 no gol
5 pra fora
7 chutes travados
Contra o CSA
14 finalizações
5 no gol
5 pra fora
4 chutes travados
Os autores dos gols celestes na Série B
Cruzeiro 2 x 1 Botafogo-SP - gols de Cacá e Jean
Guarani 2 x 3 Cruzeiro - gols de Régis, Marcelo Moreno e Léo
Figueirense 0 x 1 Cruzeiro - gol de Maurício
Cruzeiro 0 x 1 Chapecoense
Confiança 1 x 1 Cruzeiro - gol de Cáceres
Cruzeiro 1 x 2 América - gol de Arthur Caíke
Brasil de Pelotas 1 x 0 Cruzeiro
CRB 1 x 1 Cruzeiro - gol de Marcelo Moreno
Cruzeiro 1 x 0 Vitória - gol de Régis
CSA 3 x 1 Cruzeiro - gol de Matheus Pereira
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