Novo aprendizado
Cruzeiro: juventude e conceitos de Felipe Conceição revigoram veteranos celestes
Ideias do novo treinador cruzeirense ganharam elogios de Rafael Sóbis, que destacou trabalho do comandante
Aos 41 anos, Felipe Conceição é um comandante de trajetória ainda recente no futebol nacional. Atacante de habilidade, com passagens pela seleção brasileira sub-20, onde chegou a atuar ao lado do goleiro Fábio e de Ronaldinho Gaúcho, Felipe era apontado como uma das grandes joias do Botafogo no fim dos anos 1990, ganhou até mesmo o apelido de “Tigrão” pela cor dos cabelos, mas teve sua carreira marcada por lesões e não conseguiu virar o jogador que muitos esperavam. Mas Felipe deixou o 'Tigrão' de lado e pavimentou o seu caminho como técnico a partir de 2012, no São Gonçalo, se sagrando campeão da Terceira Divisão Carioca.
Um treinador estudioso e intenso. Os jogadores que o digam. Não importa quem seja. Dos mais novos aos mais veteranos, a galera anda suando na Toca da Raposa II na curta pré-temporada. Quem elogia o professor é Sóbis. Os dois estão separados por seis anos. Quando o atacante gaúcho começou a despontar no profissional do Internacional, em 2004, Felipe Conceição já tinha passado por quatro clubes e retornado ao Botafogo.
Agora, Sóbis admite, caminha para o fim de carreira, mas vem aprendendo com Felipe situações de jogo que nunca tinha visto. "Ele (Felipe Conceição) é um treinador jovem, muito intenso, muito estudioso, (possui) ideias de trabalho sensacionais, eu já em fim de carreira estou tendo trabalhos que nunca tive e está me exigindo ao máximo. Independementemente do jogador, atleta, da idade, ele tem um perfil que é sempre melhorar todo mundo, querendo que todos estejam no seu auge", declarou o atacante.
Dentro da jornada de Conceição como técnico, o Cruzeiro é, sem dúvidas, o maior desafio. A oportunidade de também dar fim aquele 'gostinho' de quase que vem acompanhando sua carreira nos últimos anos. Em 2019, bateu na trave com o América, que ficou a um ponto de voltar à elite após um segundo turno avassalador. No começo de 2020, no Red Bull Bragantino, conseguiu o feito de conduzir a equipe do interior ao melhor desempenho da primeira fase do Paulista.
Depois de resultados ruins no começo do Brasileirão, foi demitido e se transferiu ao Guarani, conseguindo reerguer uma equipe que lutava para não ser rebaixada e fazê-la brigar pelo acesso. O Guarani, no entanto, sofreu um surto de Covid-19 na reta final e terminou a Série B em 13º. O novo técnico do Cruzeiro tem a missão de reconduzir um gigante a Série A e, para tanto, conta com armas bem definidas: o jogo coletivo, a intensidade, a busca pelo ataque e a vontade de fazer história. Combinação que agrada ao torcedor celeste e traz esperança.
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