Entre os jogos decisivos da história do confronto entre Cruzeiro e Vasco, um dos motivos de êxtase da torcida estrelada ocorreu em 1996. Na ocasião, as equipes se enfrentaram pelas oitavas de final da Copa do Brasil e a Raposa goleou o time carioca por 6 a 2, em pleno São Januário, no confronto de ida. Na volta, no Mineirão, empate em 1 a 1 e os mineiros avançaram na competição rumo ao bicampeonato do torneio, na final vencida sobre o Palmeiras.

A goleada no primeiro duelo, praticamente sacramentou a classificação cruzeirense. “Nos 6 a 2 eu estava em São Januário. Acho que fiz dois (marcou um gol), ainda cruzei para o Palhinha marcar outro (Uéslei, Gelson Baresi, Marcelo Ramos e Edmundo completaram o placar). Atropelamos o Vasco lá dentro. Nosso time era muito bom, um timaço. Fomos bicampeões da Copa do Brasil naquele ano”, relembra o ex-atacante Roberto Gaúcho, atual treinador do Guarani de Divinópolis, que disputará o Módulo II do Mineiro.

O ex-camisa 11 da Raposa ainda balançaria as redes no segundo jogo contra o Corinthians, pelas quartas de final, e diante do Palmeiras, na decisão que valeu o título para o time da Toca.

Nesta quinta-feira (24), Cruzeiro e Vasco voltaram a se enfrentar, mas em um momento completamente adverso para ambas as equipes, justamente no 100º compromisso da história do duelo. Acostumadas a grandes embates e disputar títulos, mineiros e cariocas estarão frente a frente no Mineirão, a partir das 21h30, pela sexta rodada da Série B do Brasileiro.

Tristeza com o atual momento da Raposa

Para o ex-jogador que conquistou dez títulos vestindo a camisa azul em 197 oportunidades, tendo marcado 46 gols, o momento é de extrema frustração.

“A atual situação do Cruzeiro é uma vergonha. Saquearam o Cruzeiro, assaltaram, quebraram com o clube. É muito triste para uma potência do futebol mundial. Fico muito triste pela torcida. Estou torcendo para o Cruzeiro se levantar novamente, mas não vai ser fácil”, resigna-se.

As expectativas em relação ao desempenho da Raposa na Série B também não são as melhores, na avaliação de Gaúcho. Tanto pelo que o time tem demonstrado em campo, quanto administrativamente

“O time é muito limitado e vai brigar para não cair ou tentar o acesso até a última rodada. Essa minha opinião como torcedor, como ídolo da nação azul, apaixonado pelo clube, onde ganhei dez títulos. Mas está difícil a situação. A atual diretoria e o presidente não têm condição nenhuma de dirigir o clube”, dispara Roberto Gaúcho.