Dos males o menor
Cruzeiro 'perdido' no Rio, empata com o Vasco aos 48 do segundo tempo
Raposa joga mal em São Januário, reclama de pênaltis não marcados e conquista um ponto na abertura da 25ª rodada da Série B
Objeto de desejo do clube e da torcida, o acesso à Série A ficou ainda mais complicado para o Cruzeiro. Neste domingo, uma Raposa desorganizada esteve em São Januário, encarou o Vasco e, por pouco, não foi superada. Com gol de Ramon, aos 48 minutos do segundo tempo, a Raposa igualou o marcador. Nenê, marcou para os cariocas.
Com 31 pontos, em 13º, o time da Toca está a dez do CRB, último do G-4. Contudo, a distância pode aumentar com o complemento da 25ª rodada da Série B do Brasileiro.
A Raposa segue há 12 jogos sem perder, dez deles sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. Contudo, uma invencibilidade que pode ser considerada ilusória, devido ao elevado número de empates, sete, e apenas quatro vitórias. Disputou 36 pontos e conquistou 20 e, por isso, mesmo invicto, não conseguiu encostar no G-4 nesse período.
O Cruzeiro terá uma semana livre e só volta a campo no próximo domingo (26), às 16h, quando pega o CSA, no Independência. As duas últimas partidas em casa foram na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Com a liberação de torcida em Belo Horizonte, o clube voltará a mandar seus jogos na capital. Na sexta-feira (24), o Vasco pega o Brusque, às 21h30, no Augusto Bauer, em Santa Catarina.
Vanderlei Luxemburgo não ficou no banco por estar suspenso, sendo substituído por Juliano Belletti, mas traçou uma estratégia diferente para o Cruzeiro. Optou por escalar os centroavantes Thiago e Marcelo Moreno, talvez com a intenção de segurar a defesa do Vasco em seu campo. As equipes comandadas por Fernando Diniz atuam priorizando o ataque. Contudo, a tática estrelada não surtiu muito efeito.
O Cruzeiro não conseguiu marcar a saída de bola cruzmaltina e foi empurrado para o próprio campo durante a maior parte do primeiro tempo. Não bastasse a inoperância para incomodar o rival, o time celeste marcou de forma desorganizada e tratou de facilitar a vida dos cariocas.
Para piorar, a Raposa não conseguiu se organizar na saída do meio para a frente, na maioria das vezes, tendo como obstáculos os próprios erros. Isso facilitou os desarmes e fez com que os vascaínos se lançassem à frente.
Na primeira, Matheus Pereira fechou da lateral esquerda para a quarta-zaga, mas não subiu. Morato, à vontade, cabeceou para ótima defesa de Fábio, aos 21. Nove minutos depois, foi a vez de Eduardo Brock não cortar a jogada na origem. Na se1quencia, Morato girou e arrematou no canto direito de Fábio, mas o goleiro fez outra intervenção sensacional.
O meio-campo Marco Antônio, pela primeira vez como titular, foi o responsável pelo único lance de lucidez e inteligência do Cruzeiro, nos primeiros 45 minutos. À direita da própria grande área, fez ótimo lançamento para Thiago, mas o atacante finalizou à direita de Vanderlei.
A desorganização da Raposa foi punida aos 44 minutos. Morato recebeu lançamento pela direita, fez o que quis com Eduardo Brock e Matheus Pereira, cruzou para o meio da área e Nenê, após rebote, mandou para o fundo da rede. Pouco antes do lance, Wellington Nem pediu subsituição, queixando de lesão muscular. Após sofrer o gol, Felipe Augusto entrou em seu lugar.
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo tentando melhorar a organização das jogadas. A dupla Thiago e Marcelo Moreno não funcionou e Belletti substitiu o bolivano pelo meia Claudinho. Aos 17 mais duas alterações não apenas de peças, mas táticas. Sacou Matheus Barbosa e Marco Antônio, para as entradas do atacante Dudu e do volante Flávio. Com isso, Felipe Augusto foi recuado para a ala esquerda.
O time passou a incomodar o Vasco, que sentiu a pressão, demonstrou certo desgaste. Mesmo assim, Fernando Diniz só foi mexer no time a partir dos 30 minutos. A relativa agressividade cruzeirense, porém, foi ineficiente para, pelo menos, igualar o marcador em São Januário. A equipe carioca ainda ampliou, com Daniel Amorim, aos 47, mas o árbitro anulou.
Quando o Vasco já comemorava a vitória, o Cruzeiro empatou com Ramon, aos 48 do segundo tempo, de cabeça.
Lances polêmicos
Adriano reclamou um pênalti, aos 14 do segundo tempo, após ser agarrado por Marquinhos Gabriel, antes da cobrança de escanteio. O VAR teria checado o lance e o mandou seguir. Rafael Sóbis se queixou de outro, aos 38, em disputa com Bruno Gomes.
FICHA TÉCNICA
VASCO 1 x 1 CRUZEIRO
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Motivo: 25ª rodada da Série B do Brasileiro
Gols: Nenê, aos 44 minutos do primeiro tempo; Ramon, aos 48 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Marcelo Moreno, Eduardo Brock (Cruzeiro); Andrey (Vasco)
Árbitro: Andre Luiz de Freitas Castro (GO)
Assistentes: Hugo Savio Xavier Correa e Paulo Cesar Ferreira de Almeida (ambos de GO)
Renda: R$ 34.625,00
Público: 309 pagantes
VASCO: Vanderlei; Léo Matos, Ricardo Graça, Leandro Castan e Riquelme (Wálber); Andrey, Marquinhos Gabriel e Nenê (Bruno Gomes); Léo Jabá, Cano (Daniel Amorim) e Morato (Gabriel Pec). Técnico: Fernando Diniz
CRUZEIRO: Fábio; Rômulo, Ramon, Eduardo Brock e Matheus Pereira (Dudu); Adriano, Marco Antônio (Flávio) e Giovanni (Rafael Sóbis); Wellington Nem (Felipe Augusto), Marcelo Moreno (Claudinho) e Thiago. Técnico: Juliano Belletti
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