Cruzeiro
Adversário íntimo para espantar má fase
Raposa recebe a Chapecoense, às 19h, time que sempre cruza o caminho da equipe estrelada
Neste domingo (26) não há espaço para o meio termo. O Cruzeiro precisa ser o Cruzeiro. Para se recuperar em meio ao momento instável que o badalado time atravessa, o obstáculo celeste atende pelo nome de Chapecoense, às 19h. O Independência será o palco deste embate, um encontro nem tão desigual em questão de rendimento no Brasileiro. Se a Raposa possui apenas duas vitórias em cinco jogos, os catarinenses têm um triunfo e um empate. O cenário aponta para um jogo nervoso, mas não há escapatória. A torcida do Cruzeiro atendeu ao chamado.
Cabe ao time, que conta com o retorno de Thiago Neves, um dos maiores nomes desta sequência bicampeã de Copa do Brasil, fazer a sua parte. Não se cobra em demasia de quem nada pode oferecer. E o Cruzeiro pode dar ao seu fanático torcedor muito mais do que vem apresentando.
“O que nos interessa é vencer. A gente sabe da nossa força. Olho para o escudo do Cruzeiro e vejo história, conquistas. A gente tem que se doar e vamos nos entregar ao máximo para conquistar todos os títulos da temporada”, prega o lateral-esquerdo Egídio.
Cruzeiro e Chapecoense vão se encontrar pela 16ª vez em um intervalo de sete anos. Um adversário que se tornou íntimo da Raposa. Fundada em 1973, a equipe catarinense nunca havia cruzado o caminho celeste até que os duelos começaram a se tornar frequentes a partir de 2012, quando mediram forças pela segunda fase da Copa do Brasil. Em 2017, por exemplo, foram cinco jogos contra a Raposa de Mano Menezes.
Além disso, os dois times vêm compartilhando alguns nomes em comum durante esse período. Atletas e até mesmo técnicos com histórias cruzadas entre a Toca e o CT da Água Amarela. O Cruzeiro também foi o primeiro apoiador efetivo da Chapecoense após a tragédia aérea que vitimou a delegação campeã sul-americana em 2016.
Relação em comum
Apodi - O lateral chegou à Toca da Raposa no início de 2008 após aparecer na Série B do ano anterior, atuando pelo Vitória. No entanto, ele não foi aproveitado pelo técnico Adílson Batista e acabou cedido ao Santos. Entre 2015 e 2016, o jogador atuou na Chape convertendo-se em um dos grandes ídolos da torcida.
Ananias - Chegou ao Cruzeiro em 2013, mas acabou emprestado ao Palmeiras para a disputa da Série B. Transferiu-se para a Chape em 2014. Foi campeão do Catarinense em campo e da Copa Sul-Americana post-mortem, ambos em 2016. Faleceu no trágico acidente aéreo da Chapecoense.
Douglas Grolli e Fabiano - Zagueiro e lateral foram revelados pelo clube catarinense e transferiram-se ao Cruzeiro em 2015. Em 2017, após a tragédia aérea que vitimou a delegação da Chape, Grolli foi um dos jogadores cedidos para auxiliar no processo de reconstrução do time de Santa Catarina.
Wellington Paulista - Um dos centroavantes históricos do Cruzeiro neste século (até pouco tempo era o maior goleador antes de Fred assumir o posto), WP9, como é chamado pela torcida, foi um dos símbolos da reconstrução da Chape após 2016. Pelo clube catarinense, foram 123 partidas e 36 gols.
Fabrício Bruno - Formado na base celeste, foi cedido à Chapecoense em 2017. Teve seus vencimentos pagos pela equipe catarinense e rapidamente converteu-se em um dos atletas mais queridos pela torcida condá. Voltou ao Cruzeiro neste ano.
Elicarlos - Esteve na final da Copa Libertadores 2009 com o Cruzeiro, chegando ao vice-campeonato continental. Chegou à Chape em 2017 e é um dos pilares do time atual.
Renato Kayser - O meia-atacante pertence ao Cruzeiro e foi emprestado recentemente ao time de Chapecó. Vem treinando normalmente, mas não encara o Cruzeiro neste domingo.
Vágner Mancini - Foi sob o comando de Mancini que o Cruzeiro enfrentou pela primeira vez a Chapecoense, em 2012. Chegou à Chape em 2017, sendo o primeiro técnico pós-tragédia, assumindo o lugar de Caio Júnior. Pela Chape, ele foi campeão do Campeonato Catarinense de 2017 e vice-campeão da Recopa Sul-Americana de 2017.
Ney Franco - Ney Franco foi treinador das categorias de base do Cruzeiro durante uma década. Em 2005, ele marcou época ao comandar o Ipatinga, do então presidente Itair Machado, no título mineiro sobre o Cruzeiro. Hoje ele tenta recolocar a Chapecoense no caminho das vitórias.
A rádio SUPER 91.7 transmite Cruzeiro e Chapecoense neste domingo (26), a partir das 18h. A ancoragem do Show de Esporte será de João Vitor Cirilo, com a narração de Osvaldo Reis, o Pequetito, as reportagens de Artur Moraes e Lohanna Lima e os comentários de Leandro Cabido.
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