A principal novidade do Cruzeiro para a partida desta quinta-feira contra o Grêmio foi a entrada de Edilson na lateral, com Orejuela sendo deslocado para o ataque. O camisa 2, no entanto, teve atuação discreta. Se não bastasse, levou cartão amarelo no fim do primeiro tempo e discutiu com os companheiros. Para piorar, ainda provocou reação imediata do treinador Adilson Batista, que o ironizou pelas críticas feitas aos colegas.

Na saída do gramado na Arena Grêmio, o lateral admitiu a responsabilidade dos atletas pelo péssimo momento da Raposa, mas dividiu a culpa com a diretoria.

“Assim como a torcida, estamos tristes também. O Cruzeiro está nessa situação por nossa causa e pelas coisas que a diretoria fez durante o ano, mas o torcedor não tem culpa disso. Este ano vi muitas coisas erradas dentro do Cruzeiro e no extracampo”, disparou, numa referência às várias confusões protagonizadas pela direção do time da Toca.

Em relação ao cartão amarelo, Edilson atribuiu à “inexperiência” dos companheiros. No lance, ainda na fase inicial, ele disputou a bola com Luciano e alegou ter sido atingido no rosto. O árbitro não marcou e o advertiu por reclamação. Na sequência, Edilson iniciou uma discussão com o capitão Henrique, na qual "cobrou do time mais experiência para pressionar o juiz".

“No lance em que levei o cartão amarelo, meu time foi pouco experiente. O Luciano tocou no meu rosto. Tínhamos que jogar a bola para fora e o árbitro iria olhar o VAR. Naquela hora, fiquei puto com meu time, não foi com o juiz. Meu time foi cabaço (ingênuo) no lance”, disparou, numa crítica explícita aos companheiros.

Ao tomar conhecimento da declaração do lateral, Adilson Batista não aliviou. “Prefiro nem comentar, porque o atleta tem que ser extremamente profissional e tem coisa que precisa falar lá dentro, no vestiário. Ultimamente, no Cruzeiro, tem acontecido umas coisas desagradáveis. Nunca vi isso (comportamento assim) do Tostão, do Dirceu Lopes, do Piazza”, ironizou.