Quando o técnico Mano Menezes decidiu mexer na escalação do Cruzeiro para o primeiro jogo contra o Atlético, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil, a ausência de Fred lá na frente deixou muitos surpresos. Mas a presença de Pedro Rocha foi fundamental para o sucesso daquela noite, com um golaço de fora da área e ainda uma assistência com direito a drible sobre Victor para Thiago Neves marcar. 

“Lógico que em um jogo com a importância dessa você fazer o gol, atrai muito prestígio. Fico muito feliz por isso agora (de seguir sendo decisivo contra o Atlético). Quando você marca, é claro que a gente acaba sendo muito ovacionado. Mas eu dedico isso também aos meus companheiros. Fico muito feliz por ajudá-los a fazer um grande jogo”, destaca Pedro Rocha, que desde que chegou ao Cruzeiro marcou três gols em 14 jogos. 

Ele poderia ter feito o quarto contra o Atlético na última quarta-feira. Na verdade, até o fez, e chegou a tirar camisa, mostrou ao torcedor alvinegro. Mas o arremate forte, debaixo das pernas de Victor, foi anulado pelo VAR. 

“Foi no momento da euforia ali (a camisa tirada e mostrada aos atleticanos), tinha conseguido fazer um bonito gol, em uma jogada que conseguimos sair bem no contra-ataque. Infelizmente o gol acabou sendo anulado. Eu vejo o VAR como uma coisa boa, vem sim para ajudar o futebol, ajudar a minimizar os erros, mas acredito que, em alguns momentos, está tomando muito a decisão pelo juiz. Então, acredito que falte agora um pouco mais de interpretação da parte dos árbitros mesmo. Mas são coisas que acontecem. Um dia pode beneficiar a gente, um dia, como na quarta (contra o Atlético), pode acabar nos atrapalhando. Porém, são coisas que vêm para o bem do futebol e temos que aceitar”, salienta. 

Titular no Cruzeiro, Pedro Rocha também deixou uma marca importante quando do primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Fluminense, ao marcar o gol celeste no empate por 1 a 1, no Maracanã. Um tento essencial para a caminhada do time de Mano Menezes. Ele tem estrela. Na época de Grêmio, por várias vezes, Pedro Rocha teve como suplente: ninguém menos que Everton Cebolinha, hoje um dos jogadores mais badalados do futebol brasileiro e cotado para se transferir ao futebol europeu. 

Ao Super.FC, Pedro Rocha recordou a batalha do amigo até que hoje chegasse à posição de destaque que ocupa. Outro garoto que persistiu. 

“No futebol, as coisas acontecem muito rápido. Lá no Grêmio, o Cebolinha sempre foi muito amigo. Então, por vezes, eu jogava lá mais. Outra vezes, ele jogava mais. Fico feliz demais ao ver o sucesso dele hoje. É um cara que merece muito isso tudo que ele está vivendo porque ele trabalhou muito. Quando eu cheguei no Grêmio, ele já estava lá no profissional, dificilmente ia para os jogos, era sempre treinando, treinando, e hoje, tudo que ele está vivendo é fruto do trabalho que ele plantou lá atrás. Como eu falei, o futebol é muito rápido. Hoje, para mim, estar em um grande clube como o Cruzeiro, jogando ao lado de Thiago Neves, Fred, Edílson, meu amigo, dentre outros grandes jogadores que aqui estão, é muito importante e fico feliz e honrado com as oportunidades”, concluiu Pedro Rocha.