Nem a amazonense Mayra Dias, nem a trans espanhola Angela Ponce. A grande vencedora do Miss Universo 2018, que foi coroada na madrugada de anteontem, em Bangcoc, na Tailândia, foi a filipina Catriona Gray, de 24 anos. Com a vitória, o país asiático soma o quarto título na sua galeria da beleza.

“Quando eu tinha 13 anos, minha mãe disse que teve um sonho de que eu ganhava (a competição de Miss Universo) em um vestido vermelho”, disse a Miss Universo, que, além de linda, é cantora e modelo.

Transmitido pela Band, o concurso coroou ainda a Miss África do Sul, Tamaryn Gray, de 24 anos, e a Miss Venezuela, Sthefany Gurierrez, de 19, com o segundo e o terceiro lugar, respectivamente. Mayra, a Miss Brasil 2018, ficou entre as 20 mulheres mais lindas do mundo.

Neste ano, o Miss Universo teve como tema “Mulheres empoderadas”. As participantes, a propósito, foram avaliadas apenas por mulheres, como empresárias.

Polêmica

Uma rodada de perguntas durante a competição abordou a questão das drogas, um assunto controverso nas Filipinas, onde a repressão antidrogas de Rodrigo Duterte deixou milhares de mortos. Perguntada sobre o que achava de legalizar a maconha, Catriona disse: “Sou a favor de ser usada para fins medicinais, mas não para uso recreativo. Tudo é bom, mas com moderação”.

Disputa de beleza foi atualizada

O Miss Universo é considerado um dos mais importantes concursos de beleza do planeta. A edição 2018 foi a 67ª e teve um fôlego diferente. É que, desde 2014, a disputa incorporou um formato mais dinâmico e inclusivo. Ou seja, ele está se abrindo para a diversidade.

Neste ano, o evento contou com a primeira mulher trans da sua história, teve calças no lugar do vestido de gala e contou com um júri formado essencialmente por mulheres. Essas mudanças são uma tentativa de atualização da competição diante do novo contexto social.

Brasil

Com muito orgulho no peito, Mayra Dias representou o Brasil no Miss Universo 2018. “Tenho orgulho de dizer que sou da Amazônia, e minha missão é conscientizar sobre o meio ambiente”, declarou ela, que chamou atenção por ter usado um traje inspirado em um beija-flor. “Fiquei extremamente feliz com a repercussão, principalmente por poder representar a cultura do meu Estado e de Parintins, que conta com artistas tão talentosos, como Helerson da Maia, que criou meu figurino”, disse ela.

Transgênera

A espanhola Angela Ponce, de 26 anos, foi a primeira transgênera a participar do Miss Universo. Ela, no entanto, não foi coroada. Mesmo assim, em sua homenagem, um vídeo foi exibido contando toda a sua trajetória de vida. Desde sua classificação, a modelo já ganhou mais de 500 mil seguidores no Instagram. Já é sucesso!

Semifinal

O time de misses semifinalistas foi formado por grupos, sendo o primeiro da África, Ásia e Oceania; o segundo da Europa; o terceiro das Américas; e o quarto escolhido pela organização.