Há quem diga que os 40 anos são os novos 30. Ellen Rocche não chega a tanto, mas deixa claro que, apesar da passagem do tempo, ainda se sente uma menina. Talvez por isso, a intérprete da dançarina de cabaré Marion de “Éramos Seis”, da Globo, seja tão requisitada para dar vida a mulheres sensuais na telinha.

 Na  novela escrita por Angela Chaves, Ellen vive a amante de Júlio (Antonio Calloni), mas que também é cobiçada pelo filho dele, Alfredo (Nicolas Prattes). “Marion ainda vai trazer muitas emoções para essa história. Acho que ela mexe um pouco com as estruturas da família tradicional brasileira ali”, brinca a atriz. 

A atriz garante que não se incomoda por ser lembrada constantemente para encarnar as “gostosas” das novelas. “Enquanto me escalarem para fazer a gostosa da história, é porque estou (gostosa). Sou recatada, mas me chamam para interpretar destruidoras de lares.Devo fazer bem, não é?”, fala Ellen, aos risos.

Porém, ela confessa enfrentar dificuldades para encontrar o tom certo dessa exuberância em cena. “Eu sempre acho difícil, por mais que não acreditem. Não é uma questão de vergonha, pois, quando entro na personagem, é ela ali. Só que, na vida, sou palhaça e brincalhona. Na capa de revista, eu encarno aquele olhar 43 e faço, mas essa sensualidade em cena é diferente”, conta.

Tranquilona
Ellen Rocche, que completou 40 anos em julho, conta que a idade não é algo que a preocupa. “Eu me sinto uma menina, com essa cabeça que eu tenho”, diz. A atriz assume que sonha com a maternidade. “Congelei óvulos, quero ter um filho biológico. Isso é mais para frente, a tecnologia ajuda”, diz. 

Ellen ainda garante que se sente bem com o corpo e com a vida profissional e pessoal e que considera a beleza é algo relativo. “Às vezes, você olha uma mulher que não é tão bonita, mas que tem um negócio, uma energia. A mulher precisa se amar”, fala a atriz.

Ela, que está no elenco da nova versão da “Escolinha do Professor Raimundo”, diz que é uma delícia dar vida à personagem Capitu. “É muito gostoso o carinho do público com a gente na rua”, conta.